Mário Cláudio: ficção suprema

A brincadeira chegou ao fim? O autor diz que sim.

Foto
Tiago Veiga ou Mário Cláudio? Máscara e rosto fundiram-se Adriano Miranda

Mais ou menos parcelar ou mais ou menos fragmentária, a biografia de uma personagem fictícia é, certamente, a mais canónica das formas romanescas. Particularmente exuberante na tradição anglo-saxónica, onde não poucas vezes o nome do protagonista “biografado’”titula as obras — lembremo-nos de Tom Jones, David Copperfield, Tristram Shandy ou Tom Sawyer —, tal dispositivo gerador de ficções inscreve-se, desde o início, como matriz e fonte da obra de Mário Cláudio (Porto, 1941), com os romances da Trilogia da Mão: Amadeo, Guilhermina e Rosa. Mas foi com a invenção ficcional — e metaficcional — de Tiago Veiga que o autor de Camilo Broca (outro exercício bioficcional) mais terá ousado. E melhor.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Mais ou menos parcelar ou mais ou menos fragmentária, a biografia de uma personagem fictícia é, certamente, a mais canónica das formas romanescas. Particularmente exuberante na tradição anglo-saxónica, onde não poucas vezes o nome do protagonista “biografado’”titula as obras — lembremo-nos de Tom Jones, David Copperfield, Tristram Shandy ou Tom Sawyer —, tal dispositivo gerador de ficções inscreve-se, desde o início, como matriz e fonte da obra de Mário Cláudio (Porto, 1941), com os romances da Trilogia da Mão: Amadeo, Guilhermina e Rosa. Mas foi com a invenção ficcional — e metaficcional — de Tiago Veiga que o autor de Camilo Broca (outro exercício bioficcional) mais terá ousado. E melhor.