Uma maioria absoluta para quê?

Costa percebeu finalmente que não retira qualquer vantagem em insistir no fantasma da ingovernabilidade. Foi essa a grande novidade do debate.

Percebeu-se no debate que António Costa deseja ardentemente uma maioria absoluta (ou uma maioria com o PAN, passe a redundância). Só não se percebeu para quê. Cavaco, Guterres e Sócrates, os únicos que atingiram ou ultrapassaram a barreira dos 115 deputados, tinham discursos que revelavam uma certa ambição de futuro. Podia-se gostar mais ou menos desses discursos. Podia-se achar que eram modernos e empolgantes ou perigosos e deslumbrados. Nem todos correram bem. Mas a dado momento as pessoas viram ali uma ideia de urgência, transformação e liderança. Uma ideia que Costa, o mestre do expediente e do dia-a-dia, simplesmente não transmite.

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Percebeu-se no debate que António Costa deseja ardentemente uma maioria absoluta (ou uma maioria com o PAN, passe a redundância). Só não se percebeu para quê. Cavaco, Guterres e Sócrates, os únicos que atingiram ou ultrapassaram a barreira dos 115 deputados, tinham discursos que revelavam uma certa ambição de futuro. Podia-se gostar mais ou menos desses discursos. Podia-se achar que eram modernos e empolgantes ou perigosos e deslumbrados. Nem todos correram bem. Mas a dado momento as pessoas viram ali uma ideia de urgência, transformação e liderança. Uma ideia que Costa, o mestre do expediente e do dia-a-dia, simplesmente não transmite.