Uma centena de reacções adversas em mais de um milhão de crianças e jovens vacinados

Dados do Infarmed citados pelo JN dizem que reacções adversas na faixa etária entre os cinco e os 11 anos são raras. Apenas uma miocardite foi notificada num universo de 96 mil crianças vacinadas.

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Dados correspondem a 0,06 reacções adversas por mil vacinas administradas na faixa dos cinco aos 11 anos, que sobem para 0,17 no escalão etário seguinte. Daniel Rocha

Até ao final de 2021 só seis crianças dos cinco aos 11 anos num universo de 96 mil reagiram mal à vacina contra a covid-19, de acordo com as notificações recebidas na Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).

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Até ao final de 2021 só seis crianças dos cinco aos 11 anos num universo de 96 mil reagiram mal à vacina contra a covid-19, de acordo com as notificações recebidas na Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).

Segundo o Jornal de Notícias desta sexta-feira, os seis casos notificados, dois dos quais não foram considerados graves, incluem arrepios, dor no local de vacinação, mal-estar geral, estado febril e manchas na pele. No que diz respeito a uma criança que sofreu uma miocardite – uma inflamação do músculo do coração –, o Infarmed fala numa “evolução clínica de cura”.

A dose de vacina Pfizer administrada ao grupo dos cinco aos 11 anos é três vezes inferior à dos adultos. O processo de imunização destas crianças teve início no fim-de-semana de 18 e 19 de Dezembro, decorrendo desde quinta-feira e até domingo uma segunda fase, aberta aos menores dos cinco aos 11 anos de idade.

Já na faixa dos 12 aos 17 anos, e segundo a mesma fonte de informação, dos 97 casos notificados como graves num universo de 1,105 milhões de vacinas administradas há registo de 13 mio/pericardites, de “gravidade moderada” e com “evolução favorável após tratamento adequado, consoante a etiologia, em ambulatório ou em ambiente hospitalar”.

O Infarmed salienta que “a miocardite e pericardite são doenças inflamatórias de etologia variadas, normalmente associadas, sobretudo nesta faixa etária, a infecções virais, o que dificulta o estabelecimento de uma relação causal com a vacina”.

Ainda no grupo dos 12 aos 17 anos, a maioria das reacções graves dizem respeito “as situações já descritas na informação das vacinas, tais como casos de síncope ou pré-síncope e reacções do tipo alérgico”. Foram consideradas graves porque “motivaram observação e/ou tratamento clínico, mas todas tiveram evolução positiva e sem sequelas”. Há ainda 91 casos não graves notificados.

Estes dados correspondem a 0,06 reacções adversas por mil vacinas administradas na faixa dos cinco aos 11 anos, que sobem para 0,17 no escalão etário seguinte.