Só aos 16 anos é que os filhos de Penélope Cruz e Javier Bardem terão telemóvel e redes sociais

Actores espanhóis preocupados com os efeitos dos conteúdos preferem que os filhos cresçam. A actriz tem mais de seis milhões de seguidores na sua conta de Instagram, que usa só profissionalmente.

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Na sua conta de Instagram, a actriz tem quase seis milhões de seguidores EPA/Juan Herrero

A relação de Penélope Cruz com as redes sociais é “estranha”, definiu durante uma entrevista ao programa Sunday Morning, da CBS. A actriz espanhola de 47 anos usa-as “muito pouco e com cuidado”, cita o El País. E não tenciona que os seus filhos se aproximem tão cedo, acrescenta. Os 16 anos são uma óptima idade para ter telemóvel e acesso às redes sociais. Por isso, Leo e Luna, filhos da actriz com o também actor espanhol Javier Bardem, de 10 e 8 anos respectivamente, vão ter de esperar.

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A relação de Penélope Cruz com as redes sociais é “estranha”, definiu durante uma entrevista ao programa Sunday Morning, da CBS. A actriz espanhola de 47 anos usa-as “muito pouco e com cuidado”, cita o El País. E não tenciona que os seus filhos se aproximem tão cedo, acrescenta. Os 16 anos são uma óptima idade para ter telemóvel e acesso às redes sociais. Por isso, Leo e Luna, filhos da actriz com o também actor espanhol Javier Bardem, de 10 e 8 anos respectivamente, vão ter de esperar.

Na sua conta de Instagram, a actriz tem quase seis milhões de seguidores, mas dedica-a exclusivamente à área profissional. “Há algo que não faz sentido e afecta principalmente as gerações mais novas. Sinto-me muito mal por aqueles que são adolescentes hoje em dia, é como se o mundo estivesse a fazer algum tipo de experiência com eles: “Ah, vamos ver, o que acontece se expusermos uma criança de 12 anos a tanta tecnologia?’”, justificou durante a entrevista.

A actriz considera que ao evitar que os filhos tenham contacto com as redes sociais está a proteger a saúde mental das crianças e reconhece que faz parte de uma minoria que está preocupada com os efeitos nocivos dos ecrãs e dos conteúdos a que os mais novos têm acesso. “Não há protecção para os cérebros que ainda estão em desenvolvimento e como isso afecta a maneira como eles se vêem, como está tudo relacionado com o bullying, e com tantas outros problemas que não tivemos na nossa infância”, analisa.

No entanto, as crianças podem ver filmes e desenhos animados. “Como não deixá-los ver filmes? Estes proporcionaram-me momentos de felicidade desde que eu era criança”, justifica.

Em Novembro, numa entrevista ao PÚBLICO, o investigador francês Michel Desmurget, autor do livro A Fábrica de Cretinos Digitais, lembrava que os CEO das grandes empresas tecnológicas, bem como quem trabalha em Silicon Valley, mantêm os seus filhos longe dos ecrãs até tarde porque estes afectam o desenvolvimento do cérebro, bem como são viciantes e os conteúdos podem afectar a saúde mental.

“Eles protegem os seus filhos do que tentam vender aos nossos”, alertou. “Estas pessoas estão completamente despertas para os malefícios dos ecrãs. Nós estamos sujeitos a um lobbying, a um fluxo comercial que diz que os videojogos fazem bem à atenção dos miúdos, que a televisão é boa, mas tudo isto são enormes disparates. Muitos pais já começaram a perceber que não é bom, embora sejam ainda poucos os que sabem o quanto pode prejudicar o desenvolvimento dos filhos”, acrescentou.