Magdalena Andersson apresenta governo na Suécia

Nova primeira-minsitra foi confirmada como chefe de Governo da Suécia cinco dias após a sua demissão relâmpago. Vai liderar um governo minoritário até às eleições de Setembro de 2022.

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Magdalena Andersson e o seu Governo PONTUS LUNDAHL/EPA

O Parlamento sueco reconfirmou a social-democrata Magdalena Andersson como primeira-ministra, cinco dias depois de ter sido eleita e de ter renunciado, no mesmo dia, ao cargo devido à saída do Governo do partido com quem o seu partido estava coligado.

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O Parlamento sueco reconfirmou a social-democrata Magdalena Andersson como primeira-ministra, cinco dias depois de ter sido eleita e de ter renunciado, no mesmo dia, ao cargo devido à saída do Governo do partido com quem o seu partido estava coligado.

Magdalena Andersson, que detinha a tutela do Ministério das Finanças e que se tornou agora na primeira mulher a assumir o cargo de primeira-ministra na Suécia, foi eleita pelos deputados com 173 votos contra, 101 votos a favor e 75 abstenções.

Na Suécia, um candidato a primeiro-ministro não necessita do apoio da maioria parlamentar, mas precisa que a maioria não vote contra.

A eleição aconteceu na sequência da saída do seu antecessor, o primeiro-ministro Stefan Löfven, que após sete anos de poder renunciou ao cargo oficialmente no início deste mês depois de ter feito, em Agosto, o anúncio que apanhou todos de surpresa no Verão, dada a proximidade para as próximas eleições legislativas, marcadas para Setembro 2022.

A apresentação do Governo de Magdalena Andersson ao rei Carlos XVI Gustavo vai ser feita esta terça-feira.

A líder social-democrata já tinha sido eleita na quarta-feira passada, mas teve de renunciar ao cargo cerca de oito horas depois, no final de um dia marcado pelo chumbo da sua proposta do Orçamento do Estado e pelo abandono dos Verdes suecos da coligação governamental.

Como resultado da saída da força ambientalista, a economista de 54 anos e ex-nadadora de competição vai agora liderar um Governo minoritário, composto apenas pelo seu Partido Operário Social-Democrata da Suécia.

“Como todos os governos minoritários, vamos tentar cooperar com outros partidos no Parlamento, e vejo boas oportunidades para o fazer”, disse Andersson, cujo partido tem 100 deputados em 349, numa conferência de imprensa. “Os sociais-democratas têm o maior grupo parlamentar por uma grande margem. Também temos uma longa tradição de cooperação com outros e estamos preparados para fazer o que é preciso para levar a Suécia em frente.”

Da oposição vieram críticas. Ulf Kristersson, líder do Partido Moderado, de direita, disse que o novo executivo é “um governo interino de nove meses” e duvidou que conseguisse resultados antes das eleições de Setembro de 2022.

Ao contrário dos restantes países nórdicos, a Suécia nunca teve uma primeira-ministra desde a criação do cargo, em 1876, tendo o posto sido ocupado até agora por 33 homens.