Fechar fronteiras, uma escolha difícil

Quatro dias depois, o que se passou pode parecer (sublinhe-se o pode parecer) um compêndio de gestos à flor da pele. Mas, nessa sexta-feira, o desconhecido absoluto tinha de contemplar um cenário muito grave.

É nos momentos mais graves que fazem falta lideranças firmes e esclarecidas. A reacção de vários governos ao anúncio da descoberta de uma nova variante do SARS-CoV-2 pôs em causa esse velho princípio do bom governo dos povos. Bastou o anúncio de que a Ómicron revelava várias mutações para que se desatasse a proibir voos, a fechar fronteiras e a restringir movimentos das pessoas. Sem que houvesse qualquer fundamento da ciência, os governos agiram por instinto, agravaram a ansiedade dos cidadãos, perturbaram o funcionamento dos mercados financeiros, erigiram uma cerca sanitária a uma parte da população mais pobre do mundo e esperaram para ver.

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É nos momentos mais graves que fazem falta lideranças firmes e esclarecidas. A reacção de vários governos ao anúncio da descoberta de uma nova variante do SARS-CoV-2 pôs em causa esse velho princípio do bom governo dos povos. Bastou o anúncio de que a Ómicron revelava várias mutações para que se desatasse a proibir voos, a fechar fronteiras e a restringir movimentos das pessoas. Sem que houvesse qualquer fundamento da ciência, os governos agiram por instinto, agravaram a ansiedade dos cidadãos, perturbaram o funcionamento dos mercados financeiros, erigiram uma cerca sanitária a uma parte da população mais pobre do mundo e esperaram para ver.