Designer indiana cria saris e camisas a partir de desperdícios de fábricas

Kriti Tula fundou a marca Doodlage, em Nova Deli. De desperdícios de fábricas têxteis, a designer cria novas peças de roupa. “Tudo o que nós vestimos acaba por ter um impacto no que comemos e no que consumimos e respiramos.”

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Reuters/ADNAN ABIDI

Uma designer indiana está a usar pedaços de tecido descartado para criar peças de roupa para homem e mulher como alternativa sustentável ao vestuário sofisticado. Doodlage, a marca de roupa de Kriti Tula, de Nova Deli, recolhe desperdícios de tecidos de fábricas, que são deitados fora por terem pequenos defeitos, e usa-os para criar vestidos esvoaçantes e saris. As peças são vendidas a 100 dólares (cerca de 86 euros).

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Uma designer indiana está a usar pedaços de tecido descartado para criar peças de roupa para homem e mulher como alternativa sustentável ao vestuário sofisticado. Doodlage, a marca de roupa de Kriti Tula, de Nova Deli, recolhe desperdícios de tecidos de fábricas, que são deitados fora por terem pequenos defeitos, e usa-os para criar vestidos esvoaçantes e saris. As peças são vendidas a 100 dólares (cerca de 86 euros).

 Tula disse que a marca, que inclui uma linha de camisas para homem em patchwork, nasceu da sua preocupação com o aquecimento global e o impacto da indústria da moda no ambiente. Tendo trabalhado para grandes empresas têxteis exportadoras, a designer afirma ter visto em primeira mão o custo ambiental da moda de luxo: desperdício de tecido e de água e toxinas emitidas durante o processo de produção.

“Tudo o que nós vestimos acaba por ter um impacto no que comemos e no que consumimos e respiramos”, sublinhou Tula à Reuters, na sua oficina na capital indiana.

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REUTERS/Adnan Abidi

A indústria mundial da moda, de quase 2,4 triliões de dólares, é responsável por 8 a 10% das emissões de carbono globais — mais do que todos os voos internacionais e tráfego marítimo combinados, disse em 2019 o Programa das Nações Unidos para o Ambiente (UNEP, na sigla inglesa).

Esta indústria é, ainda, a segunda maior consumidora de água, gerando perto de 20% do desperdício mundial de água.

Inicialmente, chegar aos excedentes de tecido foi uma tarefa complicada e os preços dos produtos finais eram mais altos do que aquilo que muitos compradores estavam dispostos a pagar por roupa reciclada. Gradualmente, contudo, o negócio encontrou fornecedores e parceiros com a mesma mentalidade.

Além de roupa, a marca de Tula também fabrica brinquedos de tecido, malas, carteiras e papel a partir de sobras.