A UE quer afirmar-se como o exemplo da acção climática, mas ainda tem problemas para resolver

O bloco europeu chega a Glasgow com a lição estudada, mas com os trabalhos de casa incompletos. Antes da conferência climática, a presidente da Comissão soou o alarme, numa pressão para mudanças urgentes: “É a sobrevivência do planeta que está em causa.”

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Minas de carvão a céu aberto na Alemanha: Bruxelas quer reduzir em pelo menos 55% as emissões de CO2 até 2030 MATTHIAS RIETSCHEL/REUTERS

A União Europeia chega à 26.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), em Glasgow, com um trunfo para jogar e um problema por resolver. O seu pacote legislativo “Fit for 55”, para o ajustamento do quadro regulatório europeu ao objectivo de redução de pelo menos 55% das emissões de CO2 até 2030, demonstra o compromisso e a ambição do bloco em atingir a neutralidade climática antes do resto do mundo. Mas uma proposta para a nova “taxonomia” verde, que a Comissão ainda tem de apresentar, pode comprometer a sua credibilidade, ao declarar os investimentos em gás natural ou na energia nuclear como “sustentáveis” do ponto de vista ambiental.

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