Comunistas avisam Costa que orçamento pode “morrer” na praia

Em seis anos de orçamentos socialistas viabilizados pela esquerda, nunca os parceiros à esquerda mudaram a intenção de voto que anunciaram antes da fase da especialidade e nunca o BE e PCP anunciaram em conjunto que iriam votar contra a proposta do Governo.

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PCP e BE dizem que se não houver mudança irão votar contra a proposta entregue por João Leão LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Ainda que todos os orçamentos tenham sido aprovados desde que António Costa tomou posse como primeiro-ministro em 2015, as relações entre os parceiros da “geringonça” têm vindo a piorar orçamento a orçamento. A mudança de tom começou na segunda legislatura, quando deixou de existir um acordo escrito entre o PS e os parceiros à sua esquerda, BE, PCP e PEV. Desde então a tensão pré-orçamental não parou de escalar e este sábado atingiu novos máximos. Horas depois de o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, ter reafirmado no Porto que mantém a intenção inédita de votar contra o Orçamento do Estado (OE) 2022, José Luís Ferreira, dirigente do PEV (e parceiro de coligação com o PCP), declarou que “com este silêncio do Governo dá ideia de que isto é para morrer”, admitindo que a negociação deste orçamento poderia ser o fim definitivo da “geringonça”. “Acho que há indícios que apontam para esse sentido”, avisou o deputado ecologista.

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Ainda que todos os orçamentos tenham sido aprovados desde que António Costa tomou posse como primeiro-ministro em 2015, as relações entre os parceiros da “geringonça” têm vindo a piorar orçamento a orçamento. A mudança de tom começou na segunda legislatura, quando deixou de existir um acordo escrito entre o PS e os parceiros à sua esquerda, BE, PCP e PEV. Desde então a tensão pré-orçamental não parou de escalar e este sábado atingiu novos máximos. Horas depois de o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, ter reafirmado no Porto que mantém a intenção inédita de votar contra o Orçamento do Estado (OE) 2022, José Luís Ferreira, dirigente do PEV (e parceiro de coligação com o PCP), declarou que “com este silêncio do Governo dá ideia de que isto é para morrer”, admitindo que a negociação deste orçamento poderia ser o fim definitivo da “geringonça”. “Acho que há indícios que apontam para esse sentido”, avisou o deputado ecologista.