Mundial no Porto Santo deixou “toda a gente com um sorriso nos lábios”

Rui Bernardo e Sónia Bernardo sagram-se vice-campeões do Mundo no 18.º Campeonato do Mundo de Fotografia Subaquática, disputado nas águas madeirenses, na categoria “Tema”.

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Vivem no Estoril, “bem perto da praia do Tamariz”, a “linha de mar sempre fez parte da vida” de ambos e conheceram-se na praia. Porém, a paixão pelo mergulho começou apenas em 2005, quando estavam em lua-de-mel em São Tomé e Príncipe. Cerca de 16 anos depois - 11 deles dedicados à competição -, Rui Bernardo e Sónia Bernardo conquistaram pela quarta vez uma medalha num Campeonato do Mundo de Fotografia Subaquática: após dois ouros e uma prata, a dupla portuguesa sagrou-se vice-campeã do Mundo na competição disputada no Porto Santo.

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Vivem no Estoril, “bem perto da praia do Tamariz”, a “linha de mar sempre fez parte da vida” de ambos e conheceram-se na praia. Porém, a paixão pelo mergulho começou apenas em 2005, quando estavam em lua-de-mel em São Tomé e Príncipe. Cerca de 16 anos depois - 11 deles dedicados à competição -, Rui Bernardo e Sónia Bernardo conquistaram pela quarta vez uma medalha num Campeonato do Mundo de Fotografia Subaquática: após dois ouros e uma prata, a dupla portuguesa sagrou-se vice-campeã do Mundo na competição disputada no Porto Santo.

As condições ao largo do Porto Santo, o palco do 18.º Campeonato do Mundo de Fotografia Subaquática e do 4.º Campeonato do Mundo de Vídeo Subaquático não foram perfeitas, culpa do vento e de algumas correntes fortes que impediram que os mais de cem participantes de 18 países usufruíssem de todo o potencial que as águas da ilha madeirense proporcionam para a prática do mergulho, mas Rui Bernardo garante que “o feedback” que teve dos participantes estrangeiros sobre a organização da prova “foi excelente”, assegurando que as “pessoas ficaram contentes com a organização”: “No fim, toda a gente saiu com um sorriso nos lábios.”

Com as competições internacionais de fotografia e vídeo subaquática interrompidas já cerca de ano e meio devido à pandemia, o nível do Mundial, afirma Rui Bernardo em conversa com a Fugas, subiu a nível competitivo. “As pessoas estavam sedentas de competir, mergulhar e de estarem num ambiente saudável, o que se verificou. Portugal organizou uma competição cinco estrelas, num ambiente super seguro, sem nenhum problema.”

Presente num Campeonato do Mundo pela quarta vez, o mergulhador português tinha como objectivo “ficar num dos pódios”, o que acabou por acontecer com o 2.º lugar na categoria “Tema”, que no Porto Santo foi “crustáceos” - Gui Costa e Paulo Correia ganharam o bronze na competição de vídeo na categoria “Vídeo Curto”.

Rui Bernardo, porém, lembra que “estas competições dependem de muitos factores”. “Não vamos competir para o jardim zoológico, vamos para o mar onde temos regras bastante rígidas. Há muitas variáveis que alteram tudo.”

Depois de dois títulos e uma segunda posição nos campeonatos anteriores, Bernardo diz que “ao fim do primeiro” dos dois dias de competição, já sabiam “que havia uma foto que ia pontuar bem”.

“Treinamos para as seis categorias [“Peixe”, “Macro”, “Tema”, “Criativo”, “Ambiente” e “Ambiente com mergulhador”] e ao fim do segundo mergulho do primeiro dia tínhamos as seis fotos feitas. Havia cinco que considerámos boas e tivemos que excluir uma. No fim, achamos que fizemos mal. A Sónia é mais fria e acerta quase sempre.”

O lado mais racional do outro elemento da equipa portuguesa vice-campeã mundial reflecte-se na análise de Sónia Bernardo à prestação da dupla na Madeira. A mergulhadora sublinha que ficam “sempre a achar” que podiam “fazer melhor”. Todavia, com a conquista da prata no Porto Santo ficaram “super orgulhosos e satisfeitos”, uma vez que foi a “recompensa do esforço”.

Olhando para o estado actual do mergulho em Portugal, Rui Bernardo adianta que “hoje é mais fácil começar”. “Já há mais informação e com uma pergunta numa rede social aparecem 500 opiniões sobre os melhores locais e as melhores escolas”, cabendo a Sónia traçar um mapa dos melhores locais para praticar a modalidade.

A vice-campeã habitualmente mergulha em Sesimbra, onde é possível praticar a modalidade “o ano inteiro” e onde “há uma biodiversidade incrível” – “São mergulhos muito bons”.

Para além do mar na vila do distrito de Setúbal, Sónia Bernardo realça “as ilhas das Berlengas, onde há vários sitos de imersão fabulosos”, mas também a Madeira e o palco do Campeonato do Mundo: “Agrada-me muito mergulhar no Porto Santo. Sou um bocadinho friorenta e a água é muito boa. A visibilidade é óptima e tem muita vida. Os mergulhos são muito bonitos e recomendo.”

Ouça a entrevista completa a Rui Bernardo e Sónia Bernardo aqui