A peregrinação de Mónica Calle a caminho de Edgar Allan Poe

Noite Fechada, espectáculo para três actrizes em cena no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, de 7 a 12 de Outubro, é a primeira parte de um díptico sugerido por Fiama Hasse Pais Brandão. Convoca o mestre da literatura gótica e tenta averiguar se a encenadora ainda tem vontade de trabalhar sobre a palavra.

Foto
ALÍPIO PADILHA

Em tempos recentes, Mónica Calle, Mónica Garnel e Inês Vaz empreenderam uma peregrinação a Santiago de Compostela. Partiram da Sé de Lisboa e rumaram à cidade galega, procurando que os 26 dias de caminho lhes oferecessem algum tipo de revelação – como a tantos outros que se deslocam até ao local onde estará sepultado o apóstolo S. Tiago. A ideia, explica Mónica Calle ao PÚBLICO, era que cada uma fosse acompanhada de um caderno onde anotaria as circunstâncias da viagem, e que as três se juntassem ao final de cada dia para esboçar um texto conjunto. Desta jornada, pessoal e artística, deveriam resultar pistas para a criação de uma performance para a BoCa – Bienal de Artes Contemporâneas e para o díptico Caminho para a Meia-Noite, cuja primeira parte se estreia esta quinta-feira no Teatro do Bairro Alto (TBA), em Lisboa. “Só que a experiência do caminho é muito distinta dessa possibilidade e desse propósito”, confessa a actriz e encenadora. “Ingenuidade nossa, como é óbvio.”

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Em tempos recentes, Mónica Calle, Mónica Garnel e Inês Vaz empreenderam uma peregrinação a Santiago de Compostela. Partiram da Sé de Lisboa e rumaram à cidade galega, procurando que os 26 dias de caminho lhes oferecessem algum tipo de revelação – como a tantos outros que se deslocam até ao local onde estará sepultado o apóstolo S. Tiago. A ideia, explica Mónica Calle ao PÚBLICO, era que cada uma fosse acompanhada de um caderno onde anotaria as circunstâncias da viagem, e que as três se juntassem ao final de cada dia para esboçar um texto conjunto. Desta jornada, pessoal e artística, deveriam resultar pistas para a criação de uma performance para a BoCa – Bienal de Artes Contemporâneas e para o díptico Caminho para a Meia-Noite, cuja primeira parte se estreia esta quinta-feira no Teatro do Bairro Alto (TBA), em Lisboa. “Só que a experiência do caminho é muito distinta dessa possibilidade e desse propósito”, confessa a actriz e encenadora. “Ingenuidade nossa, como é óbvio.”