O 11 de Setembro e o fim do século americano

Na resposta aos ataques terroristas, a maior potência mundial perdeu-se em intervenções militares no Afeganistão e no Iraque. Em teoria, o arcaísmo dessas áreas do mundo — especialmente evidente no caso afegão —, deveria permitir uma demonstração fácil da supremacia norte-americana, destruindo a Al-Qaeda, removendo ditadores e levando a população a aderir aos valores da democracia liberal ocidental. Não foi bem assim que aconteceu.

Foto
Soldados norte-americanos em Kandahar Reuters/VASILY FEDOSENKO

1. Nunca saberemos qual teria sido o decurso dos acontecimentos no mundo se o 11 de Setembro de 2001 (11/S) não tivesse ocorrido. O que hoje é claro é que os ataques terrorista às torres gémeas do World Trade Center em Nova Iorque e ao Pentágono em Washington D.C. deixou marcas profundas nos Estados Unidos da América (EUA) e originou uma cadeia de acontecimentos desfavorável à maior potência mundial. Numa das muitas ironias que a história contém, isso não ocorreu tanto pela gravidade e dimensão da ameaça terrorista da Al-Qaeda de Osama bin Laden, mas pela diversão estratégica que acabou por provocar na maior potência mundial, com vantagem estratégica para outros. Claro que é mais fácil discernir isso com clareza na actualidade. Na altura, o impacto desses hediondos ataques terroristas foi tremendo, tendo provocado cerca de três mil mortos, milhares de feridos e enormes danos materiais que afectaram profundamente o orgulho norte-americano. A convicção que rapidamente se instalou foi a da necessidade de empreender uma guerra global contra o terrorismo e que esse era o problema maior da política mundial do século XXI. Mas, na resposta aos ataques terroristas, a maior potência mundial perdeu-se em intervenções militares no Afeganistão e no Iraque. Em teoria, o arcaísmo dessas áreas do mundo — especialmente evidente no caso afegão —, deveria permitir uma demonstração fácil da supremacia norte-americana, destruindo a Al-Qaeda, removendo ditadores e levando a população a aderir aos valores da democracia liberal ocidental. Não foi bem assim que aconteceu.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

1. Nunca saberemos qual teria sido o decurso dos acontecimentos no mundo se o 11 de Setembro de 2001 (11/S) não tivesse ocorrido. O que hoje é claro é que os ataques terrorista às torres gémeas do World Trade Center em Nova Iorque e ao Pentágono em Washington D.C. deixou marcas profundas nos Estados Unidos da América (EUA) e originou uma cadeia de acontecimentos desfavorável à maior potência mundial. Numa das muitas ironias que a história contém, isso não ocorreu tanto pela gravidade e dimensão da ameaça terrorista da Al-Qaeda de Osama bin Laden, mas pela diversão estratégica que acabou por provocar na maior potência mundial, com vantagem estratégica para outros. Claro que é mais fácil discernir isso com clareza na actualidade. Na altura, o impacto desses hediondos ataques terroristas foi tremendo, tendo provocado cerca de três mil mortos, milhares de feridos e enormes danos materiais que afectaram profundamente o orgulho norte-americano. A convicção que rapidamente se instalou foi a da necessidade de empreender uma guerra global contra o terrorismo e que esse era o problema maior da política mundial do século XXI. Mas, na resposta aos ataques terroristas, a maior potência mundial perdeu-se em intervenções militares no Afeganistão e no Iraque. Em teoria, o arcaísmo dessas áreas do mundo — especialmente evidente no caso afegão —, deveria permitir uma demonstração fácil da supremacia norte-americana, destruindo a Al-Qaeda, removendo ditadores e levando a população a aderir aos valores da democracia liberal ocidental. Não foi bem assim que aconteceu.