Memórias e considerações

Com uma estranha designação de romance, este livro é sobretudo um puzzle literário da literatura e da vida portuguesa do século XX.

Foto
Tranglomanglo não é apenas um balanço de uma vida mas de caminhos de um país num tempo de “revoluções que prometiam...” DR

Comecemos pelo título do livro: segundo o dicionário, tranglomanglo significa “doença atribuída a feitiço”, mas comummente o termo também é usado para referir uma qualquer doença ou achaque. O autor, João Maria Mendes (n. 1948) — professor e antigo jornalista do PÚBLICO, doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa — esclarece nas primeiras páginas que a personagem Daciano é “um meu outro eu” (do narrador-autor), e dali se infere que essa personagem foi acometida por um “tranglomanglo” e que faz com a escrita, com estes escritos, uma espécie de balanço de vida. O que se segue é, por isso, um desfilar de considerações e de memórias onde não faltam também ajustes de contas, que ora são atribuídas a Daciano ora, supostamente, ao narrador-autor.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Comecemos pelo título do livro: segundo o dicionário, tranglomanglo significa “doença atribuída a feitiço”, mas comummente o termo também é usado para referir uma qualquer doença ou achaque. O autor, João Maria Mendes (n. 1948) — professor e antigo jornalista do PÚBLICO, doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa — esclarece nas primeiras páginas que a personagem Daciano é “um meu outro eu” (do narrador-autor), e dali se infere que essa personagem foi acometida por um “tranglomanglo” e que faz com a escrita, com estes escritos, uma espécie de balanço de vida. O que se segue é, por isso, um desfilar de considerações e de memórias onde não faltam também ajustes de contas, que ora são atribuídas a Daciano ora, supostamente, ao narrador-autor.