Como a covid-19 está a dividir a Europa

Com o passar do tempo, torna-se cada vez mais claro que a experiência vivida da pandemia varia significativamente em muitas partes da UE e que algumas das antigas divisões do bloco, através de linhas geográficas e geracionais, voltaram a surgir.

As crises são como pintores amadores: gostam de desenhar e redesenhar as margens. Todas as grandes crises da última década dividiram a Europa, entre países e dentro de países, com diferentes trajetórias. A crise do euro repartiu os europeus entre os do Norte e os do Sul, dividindo o continente em devedores e credores. A crise dos refugiados criou uma linha divisória diferente, desta vez entre o Oriente e o Ocidente. Mas, embora estas divisões tenham sido altamente visíveis e cristalizadas em campos distintos que tiveram um impacto noutras áreas da política, a pandemia, nas suas fases iniciais, parecia unir os europeus. Começou como um momento nacionalista, quando os governos da UE fecharam as suas fronteiras de um dia para o outro – mas rapidamente evoluiu para um momento europeu, quando os Estados-membros da UE concordaram em comprar vacinas coletivamente.

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As crises são como pintores amadores: gostam de desenhar e redesenhar as margens. Todas as grandes crises da última década dividiram a Europa, entre países e dentro de países, com diferentes trajetórias. A crise do euro repartiu os europeus entre os do Norte e os do Sul, dividindo o continente em devedores e credores. A crise dos refugiados criou uma linha divisória diferente, desta vez entre o Oriente e o Ocidente. Mas, embora estas divisões tenham sido altamente visíveis e cristalizadas em campos distintos que tiveram um impacto noutras áreas da política, a pandemia, nas suas fases iniciais, parecia unir os europeus. Começou como um momento nacionalista, quando os governos da UE fecharam as suas fronteiras de um dia para o outro – mas rapidamente evoluiu para um momento europeu, quando os Estados-membros da UE concordaram em comprar vacinas coletivamente.