Estado perde acção em que tentou ficar com herança de 850 mil euros em certificados de aforro

Supremo Tribunal de Justiça condena Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública em caso no qual se discutia se títulos de dívida tinham ou não prescrito. Situação atinge herdeiros que descobriram tarde demais que pais tinham investido poupanças nesta aplicação financeira.

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Certificados de aforro foram descobertos pelos herdeiros 16 anos após a morte do titular

A agência do Estado que gere os certificados de aforro perdeu no Supremo Tribunal de Justiça uma acção em que tentou ficar com mais de 850 mil euros de dois idosos. O caso não é inédito: a morte dos titulares dos certificados de aforro e a descoberta tardia, por parte dos respectivos herdeiros, da existência destes títulos tem garantido à Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública uma média de dois milhões de euros anuais, obtidos à custa das poupanças alheias.

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A agência do Estado que gere os certificados de aforro perdeu no Supremo Tribunal de Justiça uma acção em que tentou ficar com mais de 850 mil euros de dois idosos. O caso não é inédito: a morte dos titulares dos certificados de aforro e a descoberta tardia, por parte dos respectivos herdeiros, da existência destes títulos tem garantido à Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública uma média de dois milhões de euros anuais, obtidos à custa das poupanças alheias.