TikTok reduz notificações à noite para ajudar mais novos a dormir

As mensagens privadas também vão passar a estar desactivadas por defeito nas contas de utilizadores com 17 ou 16 anos. As mudanças fazem parte dos esforços da plataforma para mostrar que não está a prejudicar os menores de idade que usam os seus serviços.

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A app do TikTok já foi descarregada mais de três milhões de vezes REUTERS/DANISH SIDDIQUI

A rede social TikTok, detida pela tecnológica chinesa ByteDance, anunciou esta semana que vai deixar de enviar notificações durante a noite aos seus utilizadores mais novos. Jovens entre os 13 anos e os 15 anos deixam de receber alertas da plataforma a partir das 21h, enquanto os utilizadores entre os 16 anos e os 17 anos deixam de receber alertas às 22h.

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A rede social TikTok, detida pela tecnológica chinesa ByteDance, anunciou esta semana que vai deixar de enviar notificações durante a noite aos seus utilizadores mais novos. Jovens entre os 13 anos e os 15 anos deixam de receber alertas da plataforma a partir das 21h, enquanto os utilizadores entre os 16 anos e os 17 anos deixam de receber alertas às 22h.

As mudanças fazem parte dos esforços da plataforma para mostrar que não está a prejudicar os menores de idade que usam os seus serviços, numa altura em que o escrutínio das redes sociais por governos e legisladores em todo o mundo está a aumentar. 

As mensagens privadas do TikTok também vão passar a estar desactivadas por defeito nas contas de utilizadores com 17 ou 16 anos. Em Abril, a rede social já tinha barrado os utilizadores mais novos, com menos de 16, de receber e enviar mensagens. Sempre que um menor de idade tentar publicar um vídeo novo no TikTok vai ter de escolher quem é que o pode ver: qualquer pessoa, só seguidores, ou ninguém (o vídeo fica privado). Os utilizadores com menos de 18 anos têm de decidir se os vídeos que partilham, e tornam públicos, podem ser facilmente descarregados através da aplicação. 

“Queremos ajudar os nossos adolescentes mais novos a desenvolver hábitos digitais positivos desde cedo”, justifica a equipa do TikTok numa publicação sobre as mudanças mais recentes. As novas regras, diz a rede social, baseiam-se em reuniões com especialistas em pediatria e bem-estar.

O TikTok não é o único site a mudar as suas regras. Esta semana, a Google (dona do YouTube) também anunciou que vai passar a incluir lembretes de “pausas” e “hora de ir dormir” para utilizadores com menos de 18 anos a usar o seu site de vídeos. A função de autoplay, que permite passar de um vídeo para outro sem carregar no ecrã, passa a estar desactivada para estes utilizadores. Já o Instagram, do Facebook, lançou uma funcionalidade que permite aos utilizadores com contas públicas barrarem comentários de pessoas que não os seguem ou que os seguem há pouco tempo. 

Na China, a tecnológica Tencent introduziu restrições nos seus serviços de videojogos que limitam crianças e jovens na China a 60 minutos de jogos por dia durante a semana (aos fins-de-semana e feriados, os menores têm direito a duas horas).

Em 2021, o TikTok é das redes sociais mais populares entre jovens de todo o mundo. Segundo dados de Julho da analista Sensor Tower, a aplicação para partilhar micro-vídeos já ultrapassou três mil milhões de downloads — é a primeira vez que isto acontece numa plataforma que não é detida pelo Facebook. Em 2020, a administração de Donald Trump tentou obrigar a plataforma de vídeos a cortar ligações com a empresa-mãe ByteDance com base em preocupações de cibersegurança. No final do ano, a gigante de Beijing tinha chegado a um acordo preliminar para vender o TikTok ao Walmart (cadeia de supermercados dos EUA) e à Oracle (empresa norte-americana especializada em software e hardware), mas a compra ainda não avançou.