O copo meio vazio dos Jogos Olímpicos

Ver nas medalhas dos Jogos Olímpicos uma razão de orgulho nacional é apenas uma prova da tolerância à mediocridade com que tantas vezes Portugal se engana e se resigna.

Acabaram os “Jogos mais estranhos de sempre”, como titulava a notícia do enviado especial do PÚBLICO a Tóquio, e com as imagens emocionantes de tantas finais ainda na memória chegou a hora do balanço. Os Jogos deixaram de ser a manifestação do poder global de um país ou de um bloco como nos tempos da Guerra Fria, mas é impossível não encontrar na galeria das medalhas acumuladas razões de sucesso ou insucesso nacional. O desporto transforma-se assim num sucedâneo da geopolítica mundial e, ainda que seja deplorável que a glória ou o fracasso se façam tantas vezes à custa do esforço desumano dos atletas, é bem melhor que os Estados Unidos vençam a China nos pavilhões, nas pistas ou nas piscinas do que nos mares cada vez mais instáveis da Ásia.

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Acabaram os “Jogos mais estranhos de sempre”, como titulava a notícia do enviado especial do PÚBLICO a Tóquio, e com as imagens emocionantes de tantas finais ainda na memória chegou a hora do balanço. Os Jogos deixaram de ser a manifestação do poder global de um país ou de um bloco como nos tempos da Guerra Fria, mas é impossível não encontrar na galeria das medalhas acumuladas razões de sucesso ou insucesso nacional. O desporto transforma-se assim num sucedâneo da geopolítica mundial e, ainda que seja deplorável que a glória ou o fracasso se façam tantas vezes à custa do esforço desumano dos atletas, é bem melhor que os Estados Unidos vençam a China nos pavilhões, nas pistas ou nas piscinas do que nos mares cada vez mais instáveis da Ásia.