A mirabolante saga dos arquivos perdidos de Louis-Ferdinand Céline

Em 1944, na euforia da libertação, o apartamento do escritor em Paris é revistado por membros da Resistência. Um deles leva consigo milhares de manuscritos. Foram encontrados agora, numa história digna de policial que resultou numa das “descobertas literárias mais importantes das últimas décadas”.

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Louis-Ferdinand Céline com os seus cães em Meudon, em meados da década de 1950 ROGER VIOLLET/GETTY IMAGES

É um policial, cheio de mistérios por desvendar, reviravoltas inesperadas, grandes revelações, heróis que são também vilões. Dificilmente seria, portanto, excluindo a parte dos heróis que são também vilões, uma obra que pudesse ter saído da pena do actor principal desta história, Louis-Ferdinand Céline. Mas é essa a história da descoberta de um arquivo de milhares de manuscritos do autor de Viagem ao Fim da Noite, pilhados do seu apartamento, em Montmartre, em 1944, quando o escritor já fugira de Paris, residindo então num milenar castelo alemão que, durante alguns meses, acolheu os mais altos representantes do governo colaboracionista de Vichy, bem como personalidades francesas próximas dos ocupantes alemães, como o era Céline.

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É um policial, cheio de mistérios por desvendar, reviravoltas inesperadas, grandes revelações, heróis que são também vilões. Dificilmente seria, portanto, excluindo a parte dos heróis que são também vilões, uma obra que pudesse ter saído da pena do actor principal desta história, Louis-Ferdinand Céline. Mas é essa a história da descoberta de um arquivo de milhares de manuscritos do autor de Viagem ao Fim da Noite, pilhados do seu apartamento, em Montmartre, em 1944, quando o escritor já fugira de Paris, residindo então num milenar castelo alemão que, durante alguns meses, acolheu os mais altos representantes do governo colaboracionista de Vichy, bem como personalidades francesas próximas dos ocupantes alemães, como o era Céline.