Quando os refugiados não eram um problema irresolúvel

O que há, ou não há, é vontade política de resolver o problema dos refugiados. Essa é a grande diferença entre o dia de hoje e o dia de hoje há setenta anos — quando, a 28 de julho de 1951, foi assinada a Convenção de Genebra sobre o Estatuto das Pessoas Refugiadas.

Há setenta anos, no dia de hoje, os refugiados não eram um problema irresolúvel. E hoje também não. Na verdade, sempre soubemos e sabemos ainda hoje como fazer para resolver o problema dos refugiados. Não há nenhuma dificuldade legal, técnica, infraestrutural ou de espaço que nos impeça de salvar tantos refugiados quanto possível, de cuidar deles enquanto não podem voltar às suas casas (como mais de 90% desejam) ou de dar uma nova vida noutro lugar aos mais vulneráveis de entre eles. Os números daqueles que precisam de “reinstalação” num país terceiro são, em geral, baixos, na ordem das poucas centenas de milhares. Distribuídos pelos países que os podem receber, trata-se de uns poucos milhares a cada país.

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Há setenta anos, no dia de hoje, os refugiados não eram um problema irresolúvel. E hoje também não. Na verdade, sempre soubemos e sabemos ainda hoje como fazer para resolver o problema dos refugiados. Não há nenhuma dificuldade legal, técnica, infraestrutural ou de espaço que nos impeça de salvar tantos refugiados quanto possível, de cuidar deles enquanto não podem voltar às suas casas (como mais de 90% desejam) ou de dar uma nova vida noutro lugar aos mais vulneráveis de entre eles. Os números daqueles que precisam de “reinstalação” num país terceiro são, em geral, baixos, na ordem das poucas centenas de milhares. Distribuídos pelos países que os podem receber, trata-se de uns poucos milhares a cada país.