Argentina condena exercícios militares britânicos nas Malvinas

Governo de Buenos Aires diz que manobras são uma “demonstração de força injustificada” e recorda que as ilhas são um território “ocupado ilegalmente” pelo Reino Unido.

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Exercícios militares britânicos Cape Bayonet nas Malvinas TWITTER@BRITISHARMY

O Governo da Argentina manifestou a sua rejeição “contundente” às últimas manobras militares levadas a cabo pelo Reino Unido nas Malvinas e recordou que as ilhas são um território “ocupado ilegalmente” pelo país europeu.

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O Governo da Argentina manifestou a sua rejeição “contundente” às últimas manobras militares levadas a cabo pelo Reino Unido nas Malvinas e recordou que as ilhas são um território “ocupado ilegalmente” pelo país europeu.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Argentina sublinhou na quinta-feira, em comunicado, que os exercícios militares Cape Bayonet são “uma demonstração de força injustificada e um afastamento deliberado dos apelos contidos em numerosas resoluções das Nações Unidas e de outras organizações internacionais” que advogam uma solução pacífica e final para o conflito.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Felipe Solá, disse que o Governo argentino “reafirma mais uma vez a sua soberania sobre as Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e sobre os espaços marítimos circundantes que integram o território nacional argentino”.

Solá vincou que estes territórios estão “ocupados ilegitimamente” e “são objecto de uma disputa de soberania reconhecida pelas Nações Unidas”, considerando que se trata de “uma controvérsia de soberania que deve ser resolvida bilateralmente entre os dois países”. Nesse sentido, o chefe da diplomacia argentina reafirmou a disposição de Buenos Aires “para retomar as negociações”.

Desde 1833 que a Argentina e o Reino Unido mantêm uma disputa territorial pela soberania das Ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos) e do espaço marítimo circundante que, em 1982, levou a Junta militar de Leopoldo Galtieri a tentar recuperar a autoridade sobre as ilhas com uma ofensiva contra o Reino Unido, cujo Governo era na altura liderado por Margaret Thatcher. O Reino Unido saiu vitorioso do conflito, que resultou na morte de mais de 900 pessoas em apenas dois meses de guerra.