O Panchatantra e o tigre de Mysore

A criança trouxe consigo, entre outras coisas que havia aprendido com os seus amigos listados, uma arte, se assim se lhe pode chamar, que era a de saber fazer da amizade uma coisa indestrutível, coisa muito comum entre os animais da floresta.

Foto
Humberto Lopes

Numa zona de mercados de rua, em Mysore, uma cidade histórica da Índia, duas ou três vacas passeiam, majestáticas. Avançam entre os passantes e uma fila de vendedores de hortaliças e fruta que estão sentados meio a dormitar entre os montículos de verduras e um muro. Tem cada um sua vara estendida ao lado, no chão. Quem estiver atento, verá: quando as bovinas deitam o dente às couves, a vara salta para as mãos do homem, o bicho sagrado do hinduísmo sofre uma ou duas vergastadas e avança para a próxima braçada de legumes. Sagrada ma non troppo, a criatura sabe de cor a deixa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Numa zona de mercados de rua, em Mysore, uma cidade histórica da Índia, duas ou três vacas passeiam, majestáticas. Avançam entre os passantes e uma fila de vendedores de hortaliças e fruta que estão sentados meio a dormitar entre os montículos de verduras e um muro. Tem cada um sua vara estendida ao lado, no chão. Quem estiver atento, verá: quando as bovinas deitam o dente às couves, a vara salta para as mãos do homem, o bicho sagrado do hinduísmo sofre uma ou duas vergastadas e avança para a próxima braçada de legumes. Sagrada ma non troppo, a criatura sabe de cor a deixa.