Quando cheguei à Faculdade, no fim dos anos 70, o existencialismo já tinha perdido os seus encantos. Sartre e Merleau-Ponty tinham passado de moda. O marxismo era dominante. Mas o verdadeiro fascínio intelectual, o centro do pensamento, era então o estruturalismo: Lévi-Strauss e Lacan, Barthes e Foucault. Da antropologia à psicanálise, da semiologia à história, eram estes os maître à penser que trazíamos na ponta da língua. Para o marxismo estrutural de Althusser nunca tive paciência. Mas neste caldo anti-humanista destacava-se, desalinhado, um humanista heterodoxo cujo pensamento me entusiasmou desde a primeira leitura. Chamava-se Edgar Morin e fez 100 anos a semana passada.
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Quando cheguei à Faculdade, no fim dos anos 70, o existencialismo já tinha perdido os seus encantos. Sartre e Merleau-Ponty tinham passado de moda. O marxismo era dominante. Mas o verdadeiro fascínio intelectual, o centro do pensamento, era então o estruturalismo: Lévi-Strauss e Lacan, Barthes e Foucault. Da antropologia à psicanálise, da semiologia à história, eram estes os maître à penser que trazíamos na ponta da língua. Para o marxismo estrutural de Althusser nunca tive paciência. Mas neste caldo anti-humanista destacava-se, desalinhado, um humanista heterodoxo cujo pensamento me entusiasmou desde a primeira leitura. Chamava-se Edgar Morin e fez 100 anos a semana passada.