Era de juros baixos força BCE a mudar o objectivo 18 anos depois

Depois de vários anos a combater, não a inflação alta, mas a inflação demasiado baixa, o BCE tenta reforçar a mensagem de que o seu objectivo é simétrico e que uma subida temporária da variação de preços acima de 2% é um fenómeno normal.

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Reuters/Kai Pfaffenbach

Depois de ter começado, em 1999, com o objectivo de manter a inflação “abaixo de 2%” e de, em 2003, ter mudado a meta para “abaixo mas próximo de 2%”, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou a segunda alteração de estratégia da sua história, realizando mais um pequeno acerto para cima. O objectivo passa agora a ser simplesmente de “2%”, uma mudança que, à primeira vista, pode não parecer mais do que um detalhe, mas que é a resposta do banco central a uma era de taxas de juro baixas que tem forçado a instituição a estar mais preocupada com a deflação e menos com o perigo de uma inflação demasiado alta.

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Depois de ter começado, em 1999, com o objectivo de manter a inflação “abaixo de 2%” e de, em 2003, ter mudado a meta para “abaixo mas próximo de 2%”, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou a segunda alteração de estratégia da sua história, realizando mais um pequeno acerto para cima. O objectivo passa agora a ser simplesmente de “2%”, uma mudança que, à primeira vista, pode não parecer mais do que um detalhe, mas que é a resposta do banco central a uma era de taxas de juro baixas que tem forçado a instituição a estar mais preocupada com a deflação e menos com o perigo de uma inflação demasiado alta.