O que fazem as “células zombies” nas lesões da medula espinhal?

Equipa de investigadores analisou em peixes-zebra e ratinhos o papel das células senescentes que se acumulam no local de uma lesão da medula espinhal. Projecto pode contribuir para o desenvolvimento de novas soluções terapêuticas para recuperação destas lesões.

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Secção transversal da medula espinhal de um ratinho, com os corpos celulares neuronais representados a azul Diogo Paramos de Carvalho/iMM

Chamam-lhes “células zombies” porque são incapazes de se replicar, mas também se recusam a morrer. Porém, apesar da má fama, os cientistas vão percebendo que a sua presença pode ser importante, para o bem e para o mal. Agora, uma equipa de investigadores do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (IMM) explorou o papel destas células numa lesão da medula espinhal. Imitando o que acontece de forma natural nos peixes-zebra, os cientistas usaram um fármaco para eliminar este grupo de células zombies e concluíram que a “limpeza” melhorava consideravelmente a recuperação funcional após uma lesão. O artigo foi publicado esta terça-feira na revista Cell Reports e os resultados podem vir a ser úteis para a recuperação destas lesões e para a regeneração de outros órgãos.

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Chamam-lhes “células zombies” porque são incapazes de se replicar, mas também se recusam a morrer. Porém, apesar da má fama, os cientistas vão percebendo que a sua presença pode ser importante, para o bem e para o mal. Agora, uma equipa de investigadores do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (IMM) explorou o papel destas células numa lesão da medula espinhal. Imitando o que acontece de forma natural nos peixes-zebra, os cientistas usaram um fármaco para eliminar este grupo de células zombies e concluíram que a “limpeza” melhorava consideravelmente a recuperação funcional após uma lesão. O artigo foi publicado esta terça-feira na revista Cell Reports e os resultados podem vir a ser úteis para a recuperação destas lesões e para a regeneração de outros órgãos.