Selma Uamusse e convidados abrem festival Lisboa Mistura no Palácio Pimenta

De sexta a domingo, Lisboa tem mais três dias para celebrar a diversidade urbana. Na abertura, Selma Uamusse convida Gospel Collective, Rodrigo Leão, Sara Tavares e Tó Trips. Nos jardins do Palácio Pimenta, com entrada gratuita.

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Selma Uamusse Rafael Berezinski

São três dias de festa, que regressam depois do interregno ditado pela pandemia em 2020. De novo em Junho, como em 2019, mas agora nos jardins do Palácio Pimenta, Museu de Lisboa, depois de ter andado por vários lugares da cidade, como o Castelo de São Jorge, o Largo do Intendente, a Ribeira das Naus ou a Quinta das Conchas, no Lumiar. Organizado pela Associação Sons da Lusofonia e pela EGEAC Cultura em Lisboa, o festival Lisboa Mistura começa esta sexta-feira às 20h30, estendendo-se pelas tardes e noites de sábado e domingo.

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São três dias de festa, que regressam depois do interregno ditado pela pandemia em 2020. De novo em Junho, como em 2019, mas agora nos jardins do Palácio Pimenta, Museu de Lisboa, depois de ter andado por vários lugares da cidade, como o Castelo de São Jorge, o Largo do Intendente, a Ribeira das Naus ou a Quinta das Conchas, no Lumiar. Organizado pela Associação Sons da Lusofonia e pela EGEAC Cultura em Lisboa, o festival Lisboa Mistura começa esta sexta-feira às 20h30, estendendo-se pelas tardes e noites de sábado e domingo.

A entrada é gratuita, limitada ao número de lugares disponíveis, de forma a cumprir as regras de higiene e segurança definidas pela DGS. Os bilhetes, que são diários, só podem ser levantados no próprio dia do espectáculo a que se referem (cada pessoa só pode levantar dois, no máximo). A bilheteira, segundo os organizadores, está aberta das 10h às 22h de dias 25 e 26 de Junho e das 10h até 20h de domingo, 27 de Junho.

Na sua primeira edição, em 2006, o festival era assim anunciado pelos organizadores: “Lisboa Mistura é um projecto multidisciplinar/intercultural que ocorrerá em Lisboa durante os próximos 3 anos através de projectos nas áreas cultural e social. Com a celebração e a confrontação como motor, é o cruzamento intercultural que nasce e a sua força e caminhos para o desenvolvimento.” Ora esses três anos multiplicaram-se por cinco e o Lisboa Mistura foi-se realizando todos os anos até 2019, interrompendo-se apenas em 2020 (devido à pandemia) para regressar agora em 2021.

A edição que agora começa, abre com a cantora e compositora moçambicana Selma Uamusse, com um concerto denominado “Kaya Kwerthu”, com um grupo de convidados de peso: Gospel Collective, Rodrigo Leão, Sara Tavares e Tó Trips. Esta sexta-feira, a começar às 20h30. No sábado, o festival recomeça às 17h com o concerto “D’ Improviso - Ritmo e Improvisação”, a cargo do Carlos Martins Quinteto: Carlos Martins no saxofone, Mário Delgado na guitarra, Carlos Barretto no contrabaixo, Hugo Menezes na percussão e Alexandre Frazão na bateria. Segue-se, às 17h, um debate em torno do tema “Cidadania em Acção” e, às 20h30, novo concerto, intitulado “Bairro da Ponte”, desta vez com Stereossauro mais um excelente lote de convidados: Camané, Capicua, Carlão, Chullage, NBC, Ricardo Gordo. Depois, dança: com Beatbombers X Cabrita.

“Festa Intercultural” no domingo

Domingo, está marcada para as 15h30 uma “Festa Intercultural” com a participação de Braima e Canango (Guiné-Bissau), Cheong Li (Macau), Jhalak (Índia), Fado Bicha (Portugal) e Baque Mulher (Brasil). Às 18h, a festa fica a cargo do DJ Cruzfader, antes de o Lisboa Mistura fechar a sua edição deste ano com uma OPA - Oficina Portátil de Artes 2021, a partir das 19h.

Com o Lisboa Mistura – apresentado “como um lugar de observação e acção na cidade para compreender melhor os possíveis caminhos que se vão criando através das Misturas, simples e complexas, que a toda a hora se concretizam e que tornam o espaço público num organismo vivo e em constante mutação” – a associação Sons da Lusofonia diz procurar responder a questões como estas: “Como podem as iniciativas sócio-culturais influenciar positivamente o discurso político e cívico e moldar o ambiente urbano na cidade de Lisboa que se quer uma Cidade Aberta? Como podem estas Associações/ Instituições influenciar o pensamento dos cidadãos e as acções dos políticos para criar uma cidade sustentável e permeável? Como podem estas Associações e entidades várias trabalhar em conjunto para, em rede, maximizar um conjunto muito sério de actividades que são o pulmão sociocultural dos lisboetas de todas as proveniências?”