Grave Flowers Bongo Band: mestres da ilusão rock’n’roll

Ao segundo álbum, os californianos requisitam Ty Segall como produtor, tornam-se banda eléctrica completa e assinam um belíssimo compêndio de riffs hard-rock e abandono folk psicadélico, tudo apimentado com pinceladas prog.

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Canções que gravitam num lugar alheio a cronologias e genealogias precisas DR

No início, os impecavelmente baptizados Grave Flowers Bongo Band eram uma banda, maioritariamente acústica, criada com o propósito de reunir, numa imaginária jam session à volta de uma fogueira (numa praia assombrada, certamente), o espírito sonhador do Marc Bolan inicial, antes de os Tyranossaurus Rex passarem a T. Rex, e a galeria de perversidades de Charles Manson, o líder de culto e assassino demente que foi também músico. Desse início resultou Flower Pot, álbum editado em 2018 e criação de um homem, Gabe Flores (vocalista, guitarrista e saxofonista ocasional), que, talvez por ter demasiadas coisas entre mãos (toca nos prog-rockers californianos HooverIII, empresta o seu sax às óptimas Death Valley Girls), só este ano regressou para nos mostrar que novas flores andou a recolher no cemitério.

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No início, os impecavelmente baptizados Grave Flowers Bongo Band eram uma banda, maioritariamente acústica, criada com o propósito de reunir, numa imaginária jam session à volta de uma fogueira (numa praia assombrada, certamente), o espírito sonhador do Marc Bolan inicial, antes de os Tyranossaurus Rex passarem a T. Rex, e a galeria de perversidades de Charles Manson, o líder de culto e assassino demente que foi também músico. Desse início resultou Flower Pot, álbum editado em 2018 e criação de um homem, Gabe Flores (vocalista, guitarrista e saxofonista ocasional), que, talvez por ter demasiadas coisas entre mãos (toca nos prog-rockers californianos HooverIII, empresta o seu sax às óptimas Death Valley Girls), só este ano regressou para nos mostrar que novas flores andou a recolher no cemitério.