PAN deve ser “força de oposição mas não partido do contra”

André Silva foi o rosto do partido no Parlamento e passa o testemunho a Inês de Sousa Real no congresso que decorre neste fim-de-semana em Tomar. PAN deve manter matriz ambientalista em vez de regressar à animalista. Engenheiro civil quer voltar à recuperação do património.

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Dois dias antes de sair, ainda a sua secretária no Parlamento tinha papéis, livros, dossiers e estava rodeada, no chão, de sacos vindos do gabinete que ocupou na legislatura anterior, quando era o único deputado do PAN. O telefone não pára, a agenda está cheia de conversas e sessões fotográficas. No ecrã do computador está pendurado um lenço verde da Mission Abolición, o evento anual contra a tauromaquia do partido animalista espanhol que enche a Porta do Sol, em Madrid, com milhares de pessoas. André Silva vai abrindo os sacos: uma garrafa de espumante; uma mini-escultura da Comunidade Ismaili — o deputado ligou ao imã por causa de uma comunidade de gatos que vivia no palacete que a comunidade comprou e que tinham de ser resgatados; uma coroa dourada em estilo Júlio César, com fitas nas cores do arco-íris, um prémio da Ilga pelo seu trabalho pela igualdade; uma pesada moldura em vidro que vai já servir para uma foto do filho.