José Pedro Cortes: as melancólicas tramas da fotografia

Retratos, ruínas e arquitecturas são a matéria das mais recentes fotografias de José Pedro Cortes.

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Quase imediatamente, somos levados a associar as fotografias que José Pedro Cortes seleccionou para a exposição Corpo Capital com os antigos géneros pictóricos do retrato, da paisagem e da natureza-morta. As imagens, todas elas coloridas e, segundo o seu autor, fruto de uma intervenção mínima ao nível da pós-produção, convocam o cromatismo saturado de certa pintura matérica, repleta de apelos à pura sensação visual. Mas não se trata apenas disso. José Pedro Cortes fala-nos numa relação com a imagem que só pode ser entendida através da história. De uma história que produziu milhares de imagens, e isto desde tempos imemoriais, desde muito antes da invenção da fotografia. Corpo Capital, o título escolhido para a exposição, é ambíguo, e o significado exacto do adjectivo nunca fica totalmente elucidado.

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Quase imediatamente, somos levados a associar as fotografias que José Pedro Cortes seleccionou para a exposição Corpo Capital com os antigos géneros pictóricos do retrato, da paisagem e da natureza-morta. As imagens, todas elas coloridas e, segundo o seu autor, fruto de uma intervenção mínima ao nível da pós-produção, convocam o cromatismo saturado de certa pintura matérica, repleta de apelos à pura sensação visual. Mas não se trata apenas disso. José Pedro Cortes fala-nos numa relação com a imagem que só pode ser entendida através da história. De uma história que produziu milhares de imagens, e isto desde tempos imemoriais, desde muito antes da invenção da fotografia. Corpo Capital, o título escolhido para a exposição, é ambíguo, e o significado exacto do adjectivo nunca fica totalmente elucidado.