Primeiro capítulo de Grand Hotel Europa, do escritor holandês Ilja Leonard Pfeijffer

O romance Grand Hotel Europa fala-nos de um amor vivido em Veneza, de uma busca da última pintura de Caravaggio, da identidade europeia, nostalgia e turismo de massas. Esteve durante um ano na lista dos livros de ficção mais vendidos nos Países Baixos, onde já vendeu mais de 300 mil cópias. Chega nesta quinta-feira às livrarias portuguesas numa edição Livros do Brasil.

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Ilja Leonard Pfeijffer Stephan Vanfleteren

A primeira pessoa com quem falei ao fim de muito tempo, tirando as poucas palavras secas que troquei com o meu taxista mal-encarado no início e no fim da corrida, foi um rapaz magro e moreno num nostálgico uniforme vermelho de piccolo. Já o tinha visto a alguma distância, sentado nos degraus de mármore da escadaria à entrada, flanqueada por colunas coríntias, debaixo das letras douradas que diziam «Grand Hotel Europa», enquanto o táxi, rangendo no caminho de cascalho por entre os plátanos, se aproximava do fim da longa alameda de acesso.

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A primeira pessoa com quem falei ao fim de muito tempo, tirando as poucas palavras secas que troquei com o meu taxista mal-encarado no início e no fim da corrida, foi um rapaz magro e moreno num nostálgico uniforme vermelho de piccolo. Já o tinha visto a alguma distância, sentado nos degraus de mármore da escadaria à entrada, flanqueada por colunas coríntias, debaixo das letras douradas que diziam «Grand Hotel Europa», enquanto o táxi, rangendo no caminho de cascalho por entre os plátanos, se aproximava do fim da longa alameda de acesso.