O Governo Costa faz bullying à democracia

Em qualquer país do mundo livre, um comportamento como o de João Galamba só tem uma saída digna: a demissão voluntária do autor.

1. As considerações de João Galamba, a propósito do programa Sexta às 9, são inaceitáveis e só podem conduzir à sua demissão. Aquelas qualificações representam, antes do mais, uma intolerável pressão sobre a comunicação social e a liberdade de imprensa. A vulgaridade e boçalidade da linguagem – patente no uso de expressões como “estrume” ou de adjectivos como “asquerosa” – revela uma enorme hostilidade, podendo configurar um incitamento ao ódio. Para lá do manifesto desrespeito pela liberdade de imprensa e pela profissão jornalística, o emprego desta linguagem vulgar comporta uma dimensão de achincalhamento e humilhação dos jornalistas responsáveis pelo programa. Esta dimensão de rebaixamento pessoal e profissional acaba, aliás, por se projectar mais directamente na jornalista Sandra Felgueiras, o que só agrava o anátema que o seu autor tinha em mente. Apesar das muitas reacções, a resposta da comunicação social a uma ofensa e ofensiva deste calibre parece, até agora, frustre. Diante de uma atitude tão condenável, esperava-se dos órgãos de comunicação social em geral e dos representantes dos jornalistas em particular uma resposta bem mais forte e assertiva. Hoje é o Sexta às 9 e Sandra Felgueiras; amanhã serão seguramente outros. Numa altura em que tantos pleiteiam pela “linguagem politicamente correcta”, este é um exemplo – aliás, com possíveis conotações sexistas – de uma “incorrecção linguística” máxima.

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1. As considerações de João Galamba, a propósito do programa Sexta às 9, são inaceitáveis e só podem conduzir à sua demissão. Aquelas qualificações representam, antes do mais, uma intolerável pressão sobre a comunicação social e a liberdade de imprensa. A vulgaridade e boçalidade da linguagem – patente no uso de expressões como “estrume” ou de adjectivos como “asquerosa” – revela uma enorme hostilidade, podendo configurar um incitamento ao ódio. Para lá do manifesto desrespeito pela liberdade de imprensa e pela profissão jornalística, o emprego desta linguagem vulgar comporta uma dimensão de achincalhamento e humilhação dos jornalistas responsáveis pelo programa. Esta dimensão de rebaixamento pessoal e profissional acaba, aliás, por se projectar mais directamente na jornalista Sandra Felgueiras, o que só agrava o anátema que o seu autor tinha em mente. Apesar das muitas reacções, a resposta da comunicação social a uma ofensa e ofensiva deste calibre parece, até agora, frustre. Diante de uma atitude tão condenável, esperava-se dos órgãos de comunicação social em geral e dos representantes dos jornalistas em particular uma resposta bem mais forte e assertiva. Hoje é o Sexta às 9 e Sandra Felgueiras; amanhã serão seguramente outros. Numa altura em que tantos pleiteiam pela “linguagem politicamente correcta”, este é um exemplo – aliás, com possíveis conotações sexistas – de uma “incorrecção linguística” máxima.