Novo Banco não seguiu alerta para processar grandes devedores por “gestão danosa”

O aviso foi feito pela Comissão de Acompanhamento e consta da auditoria da Deloitte. Foram identificados casos de clientes suspeitos de boicotar “qualquer hipótese de recuperação de créditos” tóxicos. António Ramalho decidiu avançar com a venda da carteira em que estes créditos estavam incluídos.

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Diogo Ventura

A maior carteira de activos problemáticos de sempre em Portugal foi vendida com alguns créditos em que se registaram “perdas enormes” para o Novo Banco, com casos de alegada “gestão danosa” por parte dos grandes devedores envolvidos, suspeitos de práticas de “subtracção dolosa de activos” e “flagrante má-fé negocial”. A gestão do Novo Banco foi avisada e aconselhada a “iniciar processos-crime” ou “acções de responsabilidade cível” contra estes devedores. No entanto, concretizou a venda sem o fazer. A operação chama-se Nata II e gerou perdas de 80 milhões para o Fundo de Resolução.

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A maior carteira de activos problemáticos de sempre em Portugal foi vendida com alguns créditos em que se registaram “perdas enormes” para o Novo Banco, com casos de alegada “gestão danosa” por parte dos grandes devedores envolvidos, suspeitos de práticas de “subtracção dolosa de activos” e “flagrante má-fé negocial”. A gestão do Novo Banco foi avisada e aconselhada a “iniciar processos-crime” ou “acções de responsabilidade cível” contra estes devedores. No entanto, concretizou a venda sem o fazer. A operação chama-se Nata II e gerou perdas de 80 milhões para o Fundo de Resolução.