Um documentário vai mostrar que impactos teve o encerramento das fronteiras entre o Alto Minho e a Galiza

Confinados no Rio Minho, realizado por Suso Pando e produzido pela AECT Rio Minho, ainda não tem data prevista para estreia. Contudo, o teaser que circula pelas redes sociais das autarquias minhotas e galegas revela alguns testemunhos de trabalhadores transfronteiriços que foram afectados pela reposição do controlo das fronteiras entre Portugal e Espanha.

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Nelson Garrido

Noelia Salgueiro vive em Valença e trabalha em Tui. O encerramento das fronteiras entre Portugal e Espanha obrigaram a galega a voltar à casa dos pais, do lado de lá do rio Minho, com o filho mais novo. Não conseguiu passar o controlo fronteiriço devido a problemas administrativos; por isso, durante “mês e meio”, viveu separada do marido e do filho mais velho. Por outro lado, Cecilia Tuga teve de somar centenas de quilómetros às suas deslocações diárias entre Arbo, onde reside, e Melgaço, local que escolheu para abrir o seu salão de beleza. A circulação na ponte que une os dois municípios raianos é apenas permitida das 6h às 9h e das 17h às 20h dos dias úteis. Se esta fosse a norma, “nunca na vida” teria instalado o seu salão em Melgaço. “Há todo um tecido económico que existe nestas vilas da raia que ficou destruído”, aponta Andreia Costa, residente em Ponte de Lima, que trabalha em Goian.

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Noelia Salgueiro vive em Valença e trabalha em Tui. O encerramento das fronteiras entre Portugal e Espanha obrigaram a galega a voltar à casa dos pais, do lado de lá do rio Minho, com o filho mais novo. Não conseguiu passar o controlo fronteiriço devido a problemas administrativos; por isso, durante “mês e meio”, viveu separada do marido e do filho mais velho. Por outro lado, Cecilia Tuga teve de somar centenas de quilómetros às suas deslocações diárias entre Arbo, onde reside, e Melgaço, local que escolheu para abrir o seu salão de beleza. A circulação na ponte que une os dois municípios raianos é apenas permitida das 6h às 9h e das 17h às 20h dos dias úteis. Se esta fosse a norma, “nunca na vida” teria instalado o seu salão em Melgaço. “Há todo um tecido económico que existe nestas vilas da raia que ficou destruído”, aponta Andreia Costa, residente em Ponte de Lima, que trabalha em Goian.