Do assombro de ler e escrever

São narrativas preciosas quase sem enredo, em tom sapiencial, que no início são “como um pano dobrado” mas que a leitura vai estendendo.

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A escrita como procura da verdade, o contrário do consolo Ji-Elle

Um Vestido Curto de Festa, do prolífico escritor e poeta francês Christian Bobin (n. 1951), é o nono título da ainda recente editora Barco Bêbado. Este é um conjunto de pequenas narrativas que têm em comum o elogio da leitura e também da escrita, esse “assombro”, em que a literatura surge como um caminho para algures — já saberemos que lugar é esse onde Bobin nos propõe levar. As nove pequenas narrativas (uma delas de carácter bíblico, o episódio de Jonas no ventre da baleia) que compõem este livro precioso, têm enredos mínimos, porque o que interessa ao autor são as derivas que ele quer propor ao leitor. São histórias que se fazem de dobras, de desvios, narrativas que no início são “como um pano dobrado” que a leitura vai estendendo, um tecido mental que assim se vai tornando mais luminoso.

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Um Vestido Curto de Festa, do prolífico escritor e poeta francês Christian Bobin (n. 1951), é o nono título da ainda recente editora Barco Bêbado. Este é um conjunto de pequenas narrativas que têm em comum o elogio da leitura e também da escrita, esse “assombro”, em que a literatura surge como um caminho para algures — já saberemos que lugar é esse onde Bobin nos propõe levar. As nove pequenas narrativas (uma delas de carácter bíblico, o episódio de Jonas no ventre da baleia) que compõem este livro precioso, têm enredos mínimos, porque o que interessa ao autor são as derivas que ele quer propor ao leitor. São histórias que se fazem de dobras, de desvios, narrativas que no início são “como um pano dobrado” que a leitura vai estendendo, um tecido mental que assim se vai tornando mais luminoso.