Nyusi rompeu o silêncio para dizer que o ataque a Palma “não foi maior do que tantos outros”

Deslocados chegam a Pemba depois de quatro ou cinco dias sem comer e a Mueda depois de caminhar 180 km. Violência pode levar petrolíferas a repensar os seus projectos de exploração de gás natural em Moçambique.

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Aida Cisto, de 29, que passou quatro dias escondida na floresta com o seu bebé de quatro meses, já chegou a Pemba LUIS FONSECA/Lusa

Uma semana depois do ataque, o Presidente moçambicano falou pela primeira vez da violência no distrito de Palma, no norte da província de Cabo Delgado: “Não percamos o foco”, pediu Filipe Nyusi. Este ataque, reivindicado pelo Daesh, “não foi maior do que tantos outros que tivemos”, afirmou, durante uma inauguração na província de Maputo. Para além das vítimas, incluindo pelo menos sete estrangeiros e “dezenas de civis” moçambicanos mortos, há dezenas de milhares de pessoas em fuga e começam a surgir dúvidas sobre a viabilidade dos projectos de exploração de gás na região.

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Uma semana depois do ataque, o Presidente moçambicano falou pela primeira vez da violência no distrito de Palma, no norte da província de Cabo Delgado: “Não percamos o foco”, pediu Filipe Nyusi. Este ataque, reivindicado pelo Daesh, “não foi maior do que tantos outros que tivemos”, afirmou, durante uma inauguração na província de Maputo. Para além das vítimas, incluindo pelo menos sete estrangeiros e “dezenas de civis” moçambicanos mortos, há dezenas de milhares de pessoas em fuga e começam a surgir dúvidas sobre a viabilidade dos projectos de exploração de gás na região.