Samsung pode atrasar novos lançamentos devido a falta de chips

A escassez global de chips pode atrasar o lançamento do próximo modelo Galaxy Note, que é um dos telemóveis mais populares da marca.

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A Samsung apresentou os últimos Galaxy Note 20 em Agosto do ano passado DIOGO VENTURA

A falta global de chips pode atrasar os próximos telemóveis topo de gama da Samsung. A tecnológica sul-coreana é a mais recente empresa a alertar para a falta de circuitos integrados — vulgarmente designados chips — nas cadeias de produção. A escassez pode atrasar o lançamento do próximo modelo Galaxy Note, que é um dos telemóveis mais populares da marca.

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A falta global de chips pode atrasar os próximos telemóveis topo de gama da Samsung. A tecnológica sul-coreana é a mais recente empresa a alertar para a falta de circuitos integrados — vulgarmente designados chips — nas cadeias de produção. A escassez pode atrasar o lançamento do próximo modelo Galaxy Note, que é um dos telemóveis mais populares da marca.

A informação foi avançada esta quarta-feira por Koh Dong-jin, co-responsável pela unidade de telemóveis da Samsung. “Existe um grave desequilíbrio na oferta e na procura de chips no sector da tecnologia de informação a nível mundial”, confirmou Koh Dong-jin durante uma reunião com investidores.

“Pode ser um esforço grande apresentar dois modelos topo de gama num ano, por isso pode ser difícil apresentar um Note na segunda metade”, admitiu o executivo. “O momento de apresentação do Note pode mudar.”

A empresa sublinha, no entanto, que não vai desistir dos Note. Depois de apresentar um modelo da gama S com caneta táctil (até então, uma característica exclusiva dos Note), a fabricante tem sido alvo de perguntas sobre o futuro do modelo. 

Escassez global

A crise global no fornecimento de chips começou a sentir-se por altura do primeiro confinamento. O aumento da procura de computadores portáteis, telemóveis topo de gama, tablets e consolas durante a pandemia levou os fabricantes a precisarem de mais chips. Ao mesmo tempo, continua a ver-se o crescimento dos grandes centros de computação que sustentam a vida online.

A indústria automóvel está entre as mais afectadas. No começo da pandemia, com a menor necessidade de andar de carro, a indústria automóvel reduziu as suas encomendas de chips semicondutores utilizados na segurança dos veículos, controlo, emissões e sistemas de informação. Agora, está entre as que mais têm falta de chips. Esta semana, a Autoeuropa anunciou que vai ter de parar uma semana devido à falta de semicondutores.

Resolver a escassez é vista como uma prioridade geopolítica. A Europa, que tem cerca de 10% da produção mundial de chips, é o bloco que está em pior situação. É uma das razões que levam a União Europeia a definir planos para começar a produzir mais semicondutores até 2030, num esforço para reduzir a dependência de empresas tecnológicas dos Estados Unidos e da Ásia.