O terrorismo jihadista de que Cabo Delgado vem sendo alvo, desde 2017, assume natureza complexa. Ele inicia-se antes da descoberta e investimentos brutais tendentes à exploração de gás natural no offshore de Moçambique, o que ocasionou uma deterioração das relações com a Tanzânia. A radicalização da população de maioria islâmica naquela região moçambicana em madrassas estrangeiras, o afluxo de outros radicais de países vizinhos, o apoio mais tarde assumido pelo Daesh ao Al-Shabaab, originou mais de 2400 mortos (dados da ONG Acled) e cerca de 600.000 deslocados.
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O terrorismo jihadista de que Cabo Delgado vem sendo alvo, desde 2017, assume natureza complexa. Ele inicia-se antes da descoberta e investimentos brutais tendentes à exploração de gás natural no offshore de Moçambique, o que ocasionou uma deterioração das relações com a Tanzânia. A radicalização da população de maioria islâmica naquela região moçambicana em madrassas estrangeiras, o afluxo de outros radicais de países vizinhos, o apoio mais tarde assumido pelo Daesh ao Al-Shabaab, originou mais de 2400 mortos (dados da ONG Acled) e cerca de 600.000 deslocados.