O Auto da Floripes, ou como o desenrascanço pariu um ovni

Lançada em DVD pela Cinemateca numa cópia restaurada em 4K, a criação colectiva do Cineclube do Porto foi no seu tempo um “filme impossível” e é hoje um fascinante documento que antecipa a singularidade do cinema português contemporâneo.

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DR

“Aqui está o que poderia ter sido o caminho para uma autêntica rapsódia portuguesa se o cinema português não estivesse entregue em mão de cegos”. O elogio vem, nem mais nem menos, de Manoel de Oliveira, que já então era o farol de toda uma geração de cinéfilos e cineastas – assim se dirige por carta a Henrique Alves Costa, um dos impulsionadores do Cineclube do Porto, a propósito do filme realizado em 1962 pela Secção de Cinema Experimental daquela instituição no lugar das Neves, perto de Barroselas: O Auto da Floripes. 

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“Aqui está o que poderia ter sido o caminho para uma autêntica rapsódia portuguesa se o cinema português não estivesse entregue em mão de cegos”. O elogio vem, nem mais nem menos, de Manoel de Oliveira, que já então era o farol de toda uma geração de cinéfilos e cineastas – assim se dirige por carta a Henrique Alves Costa, um dos impulsionadores do Cineclube do Porto, a propósito do filme realizado em 1962 pela Secção de Cinema Experimental daquela instituição no lugar das Neves, perto de Barroselas: O Auto da Floripes.