Virtuosos cantores ao serviço de Sua Majestade

Uma obra histórica de António Leal Moreira, estreada em 1793 por cantores italianos e pela superstar Luísa Todi, apresentada no CCB com um leque de cantores que estiveram à altura do desafio.

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Este "Dramma per musica" foi escrito em 1793 por António Leal Moreira Bruno Frango / Cortesia TNSC

Nasceu uma menina: a princesa Maria Teresa, filha de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, e a corte pôs-se a festejar. Estamos em 1793, ano em que António Leal Moreira escreveu este Dramma per musica para celebrar o “felicíssimo nascimento de Sua Alteza Sereníssima”, a “princesa da Beira”. Na verdade não se tratava de uma ópera, mas de uma serenata alegórica, em que cantam figuras como A Glória, A Inveja, Lusitânia, O Amor Pátrio, Arsace e o Tejo. A serenata foi acolhida no palácio de Anselmo José da Cruz Sobral, um dos capitalistas que estavam a financiar a construção do Teatro de São Carlos, que nascerá meses depois, nesse mesmo ano de 1793. O palácio de Anselmo José da Cruz Sobral ficava ali no Largo do Calhariz, em Lisboa, onde hoje está... um banco.

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Nasceu uma menina: a princesa Maria Teresa, filha de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, e a corte pôs-se a festejar. Estamos em 1793, ano em que António Leal Moreira escreveu este Dramma per musica para celebrar o “felicíssimo nascimento de Sua Alteza Sereníssima”, a “princesa da Beira”. Na verdade não se tratava de uma ópera, mas de uma serenata alegórica, em que cantam figuras como A Glória, A Inveja, Lusitânia, O Amor Pátrio, Arsace e o Tejo. A serenata foi acolhida no palácio de Anselmo José da Cruz Sobral, um dos capitalistas que estavam a financiar a construção do Teatro de São Carlos, que nascerá meses depois, nesse mesmo ano de 1793. O palácio de Anselmo José da Cruz Sobral ficava ali no Largo do Calhariz, em Lisboa, onde hoje está... um banco.