Os Avalanches querem o cosmos, mas a Voyager está longe demais

We Will Always Love You impressiona pela produção meticulosa, mas não concretiza a viagem que nos propõe.

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Conceito e imaginário mas não álbum de corpo inteiro

Há muito que sinalizar em complemento à música de We Will Always Love You, o terceiro álbum dos australianos Avalanches. Na verdade, chegaram até nós com essa bagagem como componente indispensável. O álbum de estreia, Since I Left You, um dos destaques do início dos anos 2000, prodigioso na forma como se construía enquanto gigantesco e puzzle de samples montado com precisão clínica, tornou-se tão célebre pela música como pela monumental contagem de samples utilizados na sua construção (acima de 900). O segundo álbum, Wildflower, demorou tanto a chegar (foi editado em 2016) que a sua simples existência se tornou um acontecimento. Nele, sendo o processo o mesmo (cada tema nasce do caminho indiciado por um sample específico, escolhido tanto pela sua qualidade sonora quanto pela história que carrega), notava-se o desejo de uma aproximação mais declarada ao formato canção.

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Há muito que sinalizar em complemento à música de We Will Always Love You, o terceiro álbum dos australianos Avalanches. Na verdade, chegaram até nós com essa bagagem como componente indispensável. O álbum de estreia, Since I Left You, um dos destaques do início dos anos 2000, prodigioso na forma como se construía enquanto gigantesco e puzzle de samples montado com precisão clínica, tornou-se tão célebre pela música como pela monumental contagem de samples utilizados na sua construção (acima de 900). O segundo álbum, Wildflower, demorou tanto a chegar (foi editado em 2016) que a sua simples existência se tornou um acontecimento. Nele, sendo o processo o mesmo (cada tema nasce do caminho indiciado por um sample específico, escolhido tanto pela sua qualidade sonora quanto pela história que carrega), notava-se o desejo de uma aproximação mais declarada ao formato canção.