O ano nas palavras mais pesquisadas no Priberam: quarentena, assintomático ou zaragatoa

São 31 as palavras escolhidas, a partir das 250 mais pesquisadas, que constam a partir de hoje do site O Ano Em Palavras. “Pandemia” lidera as consultas do Dicionário Priberam.

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Confinamento, quarentena, assintomático e zaragatoa foram algumas das palavras mais pesquisadas no dicionário Priberam em 2020, um ano que ficou marcado pela pandemia de covid-19.

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Confinamento, quarentena, assintomático e zaragatoa foram algumas das palavras mais pesquisadas no dicionário Priberam em 2020, um ano que ficou marcado pela pandemia de covid-19.

Pelo quarto ano consecutivo, o Priberam e a agência Lusa uniram-se para seleccionar as palavras mais pesquisadas no dicionário. São 31 as palavras escolhidas, a partir das 250 mais pesquisadas, que constam a partir de hoje do site O Ano Em Palavras, que integra também conteúdos noticiosos da agência Lusa, para contextualização de cada uma das palavras, ilustrando-as com fotografias captadas pelos seus fotojornalistas.

O site está estruturado por ordem cronológica, de Janeiro a Dezembro, e cada palavra permite aceder directamente ao seu significado no Dicionário Priberam e ao artigo da Lusa sobre o evento que motivou as pesquisas.

Muitas destas palavras referem-se directamente à “pandemia”, que foi a palavra mais pesquisada. “Letalidade”, “placebo”, “disrupção”, “recrudescimento”, “calamidade”, “liberdade”, “telescola” e “coronavírus” são outras das palavras mais pesquisadas, que directa ou indirectamente estiveram relacionadas com a covid-19.

“Arresto”, “debandada”, “apuramento”, “eutanásia”, “escusa”, “rebuço”, “diligência”, “anti-racismo”, “politização”, “frugais”, “perseverança”, “catenária”, “dobradinha”, “femicídio”, “cristofobia”, “levante”, “pedonal” e “ensaísta” completam a lista das 31 palavras seleccionadas.

No entanto, são muitas mais as palavras relacionadas com a pandemia, que se encontram entre as mais pesquisadas no dicionário: açambarcamento, comorbidade, corona, disseminação, epidemia, isolamento, mitigação, moratória, profiláctico, subnotificação, teletrabalho ou até mesmo “gripezinha” (a propósito de um comentário do presidente brasileiro sobre a doença).

Os movimentos anti-racistas que ganharam força este ano, impulsionados pela morte do norte-americano George Floyd, a que se seguiram os homicídios do actor Bruno Candé, em Portugal, e de João Alberto Freitas, no Brasil, e outros casos mediáticos, como os insultos aos futebolistas Moussa Marega e Pierre Webó, justificaram também o elevado número de pesquisas por palavras como “negro”, “preto”, “racismo” e “xenofobia”.

Outras buscas que se destacaram em 2020 incluem ainda desinformação (UE pediu à Google e ao Twitter maior combate à desinformação), emérito (rei emérito Juan Carlos saiu de Espanha e papa emérito Bento XVI doente), legado (aniversário do nascimento de Aristides Sousa Mendes), proselitismo (manifesto contra as aulas de cidadania), renhido (eleições presidenciais norte-americanas), algeroz e orgia (eurodeputado ultraconservador apanhado em orgia ilegal em Bruxelas) ou gambito (série da Netflix).

A Priberam assinala ainda que os recordes de consultas no Dicionário Priberam voltaram a ser batidos, com cerca de 261 milhões de pesquisas desde Janeiro de 2020 (quase o dobro dos 133 milhões de pesquisas do ano passado), e um total de 45 milhões de utilizadores (mais sete milhões do que em 2019).