Morreu Vince Reffet, o homem que “voava como um pássaro”

Um acidente durante uma sessão de treinos terá levado à morte de Vince. Tinha 36 anos e era célebre por proezas arriscadas, incluindo voar ao lado de um avião. Era uma das estrelas da Jetman Dubai.

Fotogaleria

Saltou de torres, como a mais alta do mundo, a Burj Khalifa no Dubai. Voou ao lado de um Airbus A380, entrou num avião em pleno voo. Atravessou a Ponte do Céu, na China. Foram muitas as proezas de Vincent Reffet. O temerário francês, de 36 anos, morreu durante treinos esta terça-feira, informou a sua equipa, a Jetman Dubai.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Saltou de torres, como a mais alta do mundo, a Burj Khalifa no Dubai. Voou ao lado de um Airbus A380, entrou num avião em pleno voo. Atravessou a Ponte do Céu, na China. Foram muitas as proezas de Vincent Reffet. O temerário francês, de 36 anos, morreu durante treinos esta terça-feira, informou a sua equipa, a Jetman Dubai.

“É com uma tristeza inimaginável que anunciamos o falecimento do piloto da Jetman Vincent (Vince) Reffet, que faleceu esta manhã, 17 de Novembro, durante um treino no Dubai”, informa a nota publicada na página de Facebook da empresa. 

“Era um atleta talentoso e um membro muito querido e respeitado de nossa equipa. Os nossos pensamentos e orações estão com sua família e todos aqueles que o conheceram e trabalharam com ele”, pode ler-se. 

Quanto a detalhes do acidente, não foram revelados. “Estamos a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades”, indica a Jetman Dubai.

Vince era um dos três pilotos da equipa, dedicada a peripécias mirabolantes de base jumping e com wingsuit, noticia a Euronews.

Com as suas “asas”, tendo sido campeão da modalidade de free-flying (voo livre), chegou a voar ao lado dos aviões da Patrulha de França ou a entrar num avião em pleno voo, além de, já este ano, ter voado do chão até ao topo da torre Burj Khalifa, com 828 metros.

Filho de dois entusiastas da aviação e das modalidades aéreas arriscadas, especialistas em saltos, começou cedo na carreira dos pais e o seu primeiro salto a solo foi aos 16 anos.

Nunca mais deixou os céus, viciado na “sensação de liberdade”, como disse numa entrevista à Associated Press. Vivia feliz com as suas asas: “Voo como um pássaro”.

A sua carreira começou a sério quando foi descoberto pelo Jetman original, o suíço Yves Rossy, o primeiro homem a voar com o aparelho de asas e motores. O agora falecido piloto tornar-se-ia o segundo Jetman. Juntos, chegaram a voar nos seus fatos de homens-a-jacto ao lado de um A380 da Emirates sobre o Dubai. Com Frederic Fugen, Vince criaria os Soul Flyers, dupla de pára-quedistas e saltos em queda livre​.

Na página dos Soul Flyers, o último vídeo partilhado está relacionado com os treinos que a dupla Vince e Frederic estararia a realizar com wingsuits: 

No Instagram e Facebook pessoais de Vince têm-se somado, nas últimas horas, mensagens de tristeza e despedida. Uma delas diz “Voa em paz”.