Marcelo espera aprovação final do Orçamento que evite “a complicação” dos duodécimos

A pandemia e a chegada de fundos europeus complicar uma gestão orçamental em duodécimos, sublinha o Presidente da República.

Foto
O Presidente falava depois de ter recebido os ciclistas João Almeida e Rúben Guerreiro LUSA/TIAGO PETINGA

O Presidente da República afirmou esta terça-feira esperar que o Orçamento do Estado para 2021 venha a ser aprovado em votação final para que se evite “a complicação” de funcionar com duodécimos num período de crise.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Presidente da República afirmou esta terça-feira esperar que o Orçamento do Estado para 2021 venha a ser aprovado em votação final para que se evite “a complicação” de funcionar com duodécimos num período de crise.

Em resposta a questões dos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que, se “num período normal já seria uma complicação funcionar em duodécimos”, então “num período de pandemia de duração indefinida e de crise económica e social é mais complicado” ainda.

O chefe de Estado apontou “a chegada de fundos europeus” como outro factor a ter em conta, argumentando que “não é indiferente no relacionamento com a Europa o poder enquadrar esses fundos europeus numa lógica de um Orçamento pensado para o ano de 2021, e não aplicar o de 2020 dividido por doze em 2021”.

O Presidente da República afirmou que, por estes motivos, espera que o processo orçamental “possa culminar no final de Novembro com a passagem do Orçamento” e que este depois “o mais rápido possível” chegue às suas mãos, “para poder ser promulgado, e no dia 1 de Janeiro estar em vigor”.

A proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2021 foi aprovada na Assembleia da República, na generalidade, na quarta-feira, com votos a favor apenas do PS, abstenções de PCP, PAN, PEV e das deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues e votos contra de PSD, BE, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal.