Um normal na América ou a palavra que significa tudo e o seu contrário

O léxico das eleições de 2020 está marcado pela ideia de normalidade, palavra ambígua, num momento em que a quantidade de informação não corresponde ao nível de esclarecimento. É o tempo da desinformação que viu nascer o grande cliché: novo normal. Ele vem aí, está aí, ganhe Trump ou Biden.

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Vença Trump ou Biden, "muitos conflitos reprimidos sobre política e cultura permanecerão para se reacenderem" Reuters

Este é o ano do centenário da 19.ª emenda à Constituição americana, a que deu às mulheres o direito de voto. Hoje fala-se pouco disso. Mas no ano em que as mulheres puderam votar pela primeira vez, a 2 de Novembro de 1920, os Estados Unidos iam escolher entre o republicano Warren G. Harding e o democrata James M. Cox, dois políticos do Ohio, o estado que, diz-se, mais “acerta” nos resultados globais. Harding ganhou e os republicanos conquistavam o poder depois de dois mandatos do democrata Woodrow Wilson, desgastado pela participação do país na I Guerra Mundial e pelos efeitos de uma pandemia: a gripe espanhola que causou 675 mil mortes nos Estados Unidos.

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Este é o ano do centenário da 19.ª emenda à Constituição americana, a que deu às mulheres o direito de voto. Hoje fala-se pouco disso. Mas no ano em que as mulheres puderam votar pela primeira vez, a 2 de Novembro de 1920, os Estados Unidos iam escolher entre o republicano Warren G. Harding e o democrata James M. Cox, dois políticos do Ohio, o estado que, diz-se, mais “acerta” nos resultados globais. Harding ganhou e os republicanos conquistavam o poder depois de dois mandatos do democrata Woodrow Wilson, desgastado pela participação do país na I Guerra Mundial e pelos efeitos de uma pandemia: a gripe espanhola que causou 675 mil mortes nos Estados Unidos.