A linguagem para ler o mundo

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Rob Kim/Getty Images for Norman Mailer Center and Writers Colony

Há uma estante nova na sala. Chegou há uma semana e continua vazia. Fora dela os livros amontoam-se em pilhas cada vez mais instáveis, pelo chão, pelas prateleiras de outras estantes. É um livreiro velho, de madeira, que veio alterar o perfume de parte da casa e prometer mais arrumos. De vez em quando páro a olhar para ele. Como agora. A minha imagem está nos vidros das portas, uma silhueta sentada com um jornal aberto nas mãos. É uma imagem que só pode existir no vazio daquele móvel que olho mais uma vez como se a cada olhar quisesse desvendar alguma coisa do seu passado.

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Há uma estante nova na sala. Chegou há uma semana e continua vazia. Fora dela os livros amontoam-se em pilhas cada vez mais instáveis, pelo chão, pelas prateleiras de outras estantes. É um livreiro velho, de madeira, que veio alterar o perfume de parte da casa e prometer mais arrumos. De vez em quando páro a olhar para ele. Como agora. A minha imagem está nos vidros das portas, uma silhueta sentada com um jornal aberto nas mãos. É uma imagem que só pode existir no vazio daquele móvel que olho mais uma vez como se a cada olhar quisesse desvendar alguma coisa do seu passado.