Covid-19: Marcelo não descarta subida do défice para reforçar pessoal na saúde

“Se se chegar à conclusão de que é preciso reforçar o orçamento da saúde, não estou a ver nenhum partido a dizer que não, por muito que isso custe sacrificar uma ou outra área ou, neste ano que é muito especial, em termos de subida do défice”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

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LUSA/LUÍS FORRA

O Presidente da República disse este sábado, 17 de Outubro, no Algarve, não descartar uma subida do défice, em caso de necessidade de reforço de pessoal na área da saúde para combater a pandemia. “Se se chegar à conclusão de que é preciso reforçar o orçamento da saúde, não estou a ver nenhum partido a dizer que não, por muito que isso custe sacrificar uma ou outra área ou, neste ano que é muito especial, em termos de subida do défice”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

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O Presidente da República disse este sábado, 17 de Outubro, no Algarve, não descartar uma subida do défice, em caso de necessidade de reforço de pessoal na área da saúde para combater a pandemia. “Se se chegar à conclusão de que é preciso reforçar o orçamento da saúde, não estou a ver nenhum partido a dizer que não, por muito que isso custe sacrificar uma ou outra área ou, neste ano que é muito especial, em termos de subida do défice”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

No final de uma visita ao município de Vila do Bispo, Marcelo recorreu-se das palavras do ex-Presidente Jorge Sampaio para reafirmar “que a vida nem começa nem acaba no défice”. “O défice é muito importante, mas se for provado que, efectivamente, é preciso mais uns tantos zero vírgula qualquer por cento pela urgência de reforço do orçamento da saúde e os partidos entenderem que assim deve ser, pois assim deve ser”, sublinhou.

Marcelo defendeu que, numa altura em que o Orçamento do Estado para 2021 “está em cima da mesa” e que a pandemia “ainda vai sobrar para o ano que vem”, é preciso responder à questão concreta se “há profissionais em número suficiente, sim ou não”.

O Presidente da República considerou importante saber se “nos termos” em que os concursos são abertos “permitem a progressão de carreira”, que “haja novo pessoal a entrar em funções” ou se “é preciso mais pessoal”. “Este é um debate e uma discussão que tem de ser feita serenamente”, adiantou.

Questionado pelos jornalistas no final daquela que foi a sua última vista a todos os municípios algarvios após o impacto da covid-19 no turismo da região, Marcelo Rebelo de Sousa realçou também que “não basta haver ventiladores, é preciso haver equipas que assegurem os cuidados intensivos com esses ventiladores”.

Deixando uma palavra de apoio e reconhecimento aos profissionais da saúde que estão, "muitos deles, cansados e esgotados”, o Presidente da República destacou que estão “nisto há muitos meses e sabem que vão continuar nisto muitos meses também”.

Marcelo Rebelo de Sousa vai iniciar na próxima semana uma consulta a várias personalidades da área da saúde, começando pela ministra da tutela, Marta Temido, mas recebendo também o actual e os ex-bastonários da Ordem dos Médicos, outros bastonários das áreas ligadas à saúde, ex-ministros da saúde, sindicatos e confederações sindicais e patronais, no que serão “duas ou três semanas muito importantes”, adiantou.

O Presidente da República revelou que no final dessas consultas gostaria de encontrar um “consenso de pontos de vista”, quer “quanto à evolução da pandemia e das medidas para a enfrentar”, mas também de que “há um equilíbrio entre a preocupação com a vida e a saúde e a não paragem radical da economia e da sociedade portuguesa.