Eleições nas CCDR: “Desde o Estado Novo que isto não sucedia”, critica Rui Moreira

Autarca do Porto critica aquilo que diz ser uma “nomeação decidida pelo Bloco Central” e não uma verdadeira eleição. Rui Moreira não vai votar no próximo dia 13 de Outubro

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Rui Moreira não concorda com processo de eleições para as CCDR PAULO PIMENTA

As eleições para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) têm feito correr muita tinta em jornais e o presidente da Câmara do Porto tem sido um dos mais críticos do novo processo de eleição, tendo já anunciado que não irá votar para a CCDR do Norte, onde António Cunha é candidato único. Esta quarta-feira à noite, Rui Moreira voltou ao tema na sua página oficial do Facebook para garantir que não deixará o tema cair: “Não nos iremos calar. Não aceitaremos que uma nomeação decidida pelo Bloco Central seja apelidada de eleição. Desde o Estado Novo que isto não sucedia”, escreveu.

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As eleições para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) têm feito correr muita tinta em jornais e o presidente da Câmara do Porto tem sido um dos mais críticos do novo processo de eleição, tendo já anunciado que não irá votar para a CCDR do Norte, onde António Cunha é candidato único. Esta quarta-feira à noite, Rui Moreira voltou ao tema na sua página oficial do Facebook para garantir que não deixará o tema cair: “Não nos iremos calar. Não aceitaremos que uma nomeação decidida pelo Bloco Central seja apelidada de eleição. Desde o Estado Novo que isto não sucedia”, escreveu.

A partilha do autarca do Porto veio a propósito de um debate do Porto Canal, que juntou Filipe Araújo, representante do Porto – o Nosso Movimento, João Paulo Correia, do PS, Cancela Mora, do PSD, Jaime Toga, do PCP, e José Maria Cardoso, do BE.

Para Filipe Araújo, também vice-presidente da Câmara do Porto, a eleição marcada para a próxima terça-feira, 13 de Outubro, é “uma falácia” e resulta de um “acordo partidário” entre António Costa e Rui Rio.

A escolha de quem liderava as CCDR era, até agora, do Governo. O novo processo dá a um colégio de autarcas a decisão, um modelo aprovado apenas por PS e PSD.