Estudo relaciona vínculo de bebés e pais com prescrição de antibióticos. Pediatras não ficam convencidos

Resultados indicam que quase 90% dos bebés que têm de pedir mais atenção aos pais tomaram antibióticos nos primeiros nove meses de vida. Presidente do Colégio da Especialidade de Pediatria não vê relação de causalidade no estudo.

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Estima-se que cerca de um terço dos bebés em Portugal são considerados resistentes na relação de vinculação com os pais. ENRIC VIVES-RUBIO

A conclusão do estudo é, para os próprios investigadores, “incrivelmente nítida” e, ao mesmo tempo, “muito alarmante”: 89,7% dos bebés que têm relações consideradas resistentes com os pais, ou seja, que recebem menos atenção, por isso, fazem mais birras  e que em Portugal representam um terço dos bebés , tomaram pelo menos uma vez antibióticos durante os primeiros nove meses de vida. O dado contrasta com os resultados encontrados nos bebés com relações seguras, em que o valor desce para 21,5%. Já o presidente do Colégio da Especialidade de Pediatria da Ordem dos Médicos aponta limitações ao estudo e considera que “não se pode realmente inferir o que é concluído com os métodos utilizados”.

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A conclusão do estudo é, para os próprios investigadores, “incrivelmente nítida” e, ao mesmo tempo, “muito alarmante”: 89,7% dos bebés que têm relações consideradas resistentes com os pais, ou seja, que recebem menos atenção, por isso, fazem mais birras  e que em Portugal representam um terço dos bebés , tomaram pelo menos uma vez antibióticos durante os primeiros nove meses de vida. O dado contrasta com os resultados encontrados nos bebés com relações seguras, em que o valor desce para 21,5%. Já o presidente do Colégio da Especialidade de Pediatria da Ordem dos Médicos aponta limitações ao estudo e considera que “não se pode realmente inferir o que é concluído com os métodos utilizados”.