Ministro foi ao Areeiro inaugurar parte de uma estação: “Esta obra é extraordinariamente importante”

Doze anos depois, utentes do Metro de Lisboa já podem escolher de que lado querem sair no Areeiro. Obra permitiu a instalação de elevadores que garante o acesso a pessoas com mobilidade reduzida.

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Um ministro, um secretário de Estado, um vereador da Câmara de Lisboa e o conselho de administração do metro, acompanhados por técnicos, assessores e jornalistas, inauguraram esta sexta-feira o átrio norte da estação do Areeiro. Doze anos depois do início das obras, os utentes passam a ter mais escadas e um elevador para chegar lá abaixo.

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Um ministro, um secretário de Estado, um vereador da Câmara de Lisboa e o conselho de administração do metro, acompanhados por técnicos, assessores e jornalistas, inauguraram esta sexta-feira o átrio norte da estação do Areeiro. Doze anos depois do início das obras, os utentes passam a ter mais escadas e um elevador para chegar lá abaixo.

Antecipando os possíveis comentários sarcásticos por a comitiva ser pomposa para obra de tão pouca monta, o ministro do Ambiente defendeu a sua presença ali. “Imagino que para muitos seja estranho um ministro vir à inauguração de um átrio. Normalmente quando os ministros aparecem é para falar de muitos milhões, de grandes obras”, admitiu João Pedro Matos Fernandes.

Mas, argumentou, “esta obra é extraordinariamente importante”, sobretudo porque faz do Areeiro a 40.ª estação do Metro de Lisboa com acessibilidade plena. Com a instalação de um elevador para a superfície e de dois entre o cais e a zona dos torniquetes, as pessoas com mobilidade reduzida podem finalmente apanhar ali o comboio. Neste momento, numa rede com 56 estações, há 16 que continuam inacessíveis a cidadãos em cadeira de rodas.

“Eu já vivo em Lisboa há quase cinco anos e esta é a primeira vez que passo na Praça do Areeiro sem ver os jerseys de plástico”, gracejou Matos Fernandes, referindo-se ao calvário que os lisboetas daquela zona tiveram de suportar durante muito tempo.

Foi em 2008 que se iniciaram as obras de alargamento da estação para permitir a paragem de comboios com seis carruagens, à semelhança do que foi acontecendo em todas as estações da Linha Verde. A empreitada arrastou-se e só o átrio sul ficou pronto. As obras do átrio norte foram interrompidas em 2013 por incumprimento do empreiteiro e só foram retomadas há cerca de um ano.

Estação de Arroios pronta em Junho?

Com projecto do arquitecto Alberto Barradas, que guiou o ministro numa visita à estação, a empreitada recuperou os painéis de azulejos de Maria Keil e Júlia Ventura, melhorou o sistema de ventilação e renovou a instalação eléctrica, além de ter novamente permitido o acesso à Av. Padre Manuel da Nóbrega.

“Nos últimos anos o metro investiu 12 milhões em obras como esta”, afirmou Matos Fernandes, referindo os trabalhos no Colégio Militar, nos Olivais e na Baixa-Chiado, a que se juntam intervenções nos Anjos e no Intendente, entre outras estações. “Intervenções como estas são imprescindíveis e não são nada menos do que as grandes intervenções”, disse.

Por falar em grandes intervenções, o alargamento da estação de Arroios cumpriu recentemente o terceiro aniversário e, diz o ministro, talvez esteja concluído em Junho de 2021, alguns meses antes do prazo contratual – mas muito depois do que o inicialmente previsto.

O metro regressou em Julho aos níveis de serviço pré-pandemia e recuperou uma parte dos passageiros perdidos em Abril, mas ainda registou uma quebra de procura a rondar os 52%. A expectativa de Matos Fernandes é que em Setembro, com o regresso às aulas, a procura volte ao normal.