Pegadas de dinossauro de Carenque deixadas ao abandono vão chegar ao tribunal

Luta para salvar jazida com cerca de duas centenas de pegadas de dinossauros de Carenque (concelho de Sintra) dura há mais de 30 anos. Uma providência cautelar pretende proteger o geomonumento, hoje transformado em lixeira, para que a Câmara Municipal de Sintra e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas conservem o local.

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Estamos em Carenque, uma aldeia da freguesia de Mina de Água, no concelho da Amadora. A ribeira que atravessa esta região – a ribeira de Carenque – separa esta freguesia e este concelho da união de freguesias de Queluz e Belas, já no concelho de Sintra, onde pertence, por sua vez, o bairro de Pego Longo. O caminho até ao bairro é íngreme e estreito e não é preciso percorrer muitos metros de colina até que se torne inacessível à passagem de carros. A partir dali o GPS marca 600 metros de percurso pedonal até à jazida de Pego Longo. No meio da vegetação e à beira do caminho de terra batida, grandes aglomerados de lixo. Chegando à jazida, pneus. Muitos pneus. Quem luta há 34 anos para proteger este local é o geólogo António Galopim de Carvalho, que, com cinco especialistas em paleontologia, biologia e museologia, vai interpor uma providência cautelar junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra para travar degradação do espaço e conservá-lo.

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Estamos em Carenque, uma aldeia da freguesia de Mina de Água, no concelho da Amadora. A ribeira que atravessa esta região – a ribeira de Carenque – separa esta freguesia e este concelho da união de freguesias de Queluz e Belas, já no concelho de Sintra, onde pertence, por sua vez, o bairro de Pego Longo. O caminho até ao bairro é íngreme e estreito e não é preciso percorrer muitos metros de colina até que se torne inacessível à passagem de carros. A partir dali o GPS marca 600 metros de percurso pedonal até à jazida de Pego Longo. No meio da vegetação e à beira do caminho de terra batida, grandes aglomerados de lixo. Chegando à jazida, pneus. Muitos pneus. Quem luta há 34 anos para proteger este local é o geólogo António Galopim de Carvalho, que, com cinco especialistas em paleontologia, biologia e museologia, vai interpor uma providência cautelar junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra para travar degradação do espaço e conservá-lo.