Deixa arder que o meu pai é bombeiro

Uma comédia melancólica de classe operária em câmara lenta, mais inteligente do que parece à primeira vista e mais tocante do que seria de esperar.

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É injusto fazer comparações, sim, mas às vezes não há mesmo volta a dar para criar um quadro de referências para falar de um filme. E se houve coisa de que nos lembrámos muito a ver O Rei de Staten Island foi de Billy Wilder e da sua capacidade de fazer comédia “séria” sem nunca perder de vista que as suas personagens não são bonecos ou caricaturas mas sim seres humanos. Estamos a falar do Wilder de coisas como O Apartamento ou O Pecado Mora ao Lado, entenda-se — e se Judd Apatow é muito menos escarninho e tem tido uma carreira muito menos regular, nunca como em O Rei de Staten Island sentimos a melancolia e o desespero do “homem comum” a que Wilder tanto soube dar vida.

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É injusto fazer comparações, sim, mas às vezes não há mesmo volta a dar para criar um quadro de referências para falar de um filme. E se houve coisa de que nos lembrámos muito a ver O Rei de Staten Island foi de Billy Wilder e da sua capacidade de fazer comédia “séria” sem nunca perder de vista que as suas personagens não são bonecos ou caricaturas mas sim seres humanos. Estamos a falar do Wilder de coisas como O Apartamento ou O Pecado Mora ao Lado, entenda-se — e se Judd Apatow é muito menos escarninho e tem tido uma carreira muito menos regular, nunca como em O Rei de Staten Island sentimos a melancolia e o desespero do “homem comum” a que Wilder tanto soube dar vida.